A emancipação político-administrativa de São Bernardo, celebrada nesta semana, marca um dos momentos mais simbólicos da trajetória do município. Além disso, a solenidade ocorreu com base na Resolução nº 3.496/2024, de autoria do vereador Danilo Lima – Podemos, e foi organizada pelo vereador Jorge Araújo – Podemos, reunindo representantes de instituições históricas, como Hilda Breda (AME) e Valter Moura Junior (ACISBEC).
Emancipação
A história da emancipação tem raízes profundas. Contudo, vale lembrar que São Bernardo foi rebaixada a distrito em 1938, após ter sido município em 1889. Em outras palavras, somente em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-Lei nº 14.334, a cidade retomou sua autonomia, instalada oficialmente em 1º de janeiro de 1945. Em 2025, o município celebra 81 anos desse marco.
Histórico
O movimento emancipacionista foi liderado por Wallace Cochrane Simonsen e o grupo dos Autonomistas, que defenderam que o crescimento populacional e econômico já justificava a independência em relação a Santo André. Além disso, sua atuação consolidou um dos pilares do desenvolvimento regional.
A solenidade também homenageou personagens fundamentais da memória local. Entre eles, o Grupo Cênico Regina Pacis, o mais antigo do país em atividade, e a AME, dedicada à preservação histórica. Do mesmo modo, a ACISBEC, fundada dois meses antes da emancipação, foi celebrada como símbolo da maturidade econômica da cidade.
Pioneirismo
Representantes de famílias pioneiras também receberam honrarias. Nesse sentido, foram lembrados nomes como João Setti, referência no transporte coletivo; Francisco Miele, Manoel Corazza e João Corazza, ligados ao setor moveleiro; Armando Italo Setti, ex-prefeito e líder político; além de empreendedores como Bruno e Pensier Ronchetti, fundadores da ACISBEC.
Ainda mais, a cerimônia reconheceu autonomistas e líderes comunitários decisivos, como Bortolo Basso, parceiro político de Simonsen; Higyno Baptista de Lima, responsável por obras estruturantes; e Maestro João Gomes, autor da música do Hino de São Bernardo. Por fim, também foram lembrados nomes como Pery Ronchetti, José D’Angelo, Felício e Narciso Pelosini, Ângelo Rafael Lentini, Padre Jeronymo Angeli e Attilio Zoboli, todos essenciais na construção política, econômica e cultural da cidade.
Apesar disso, o evento não apenas revisitou o passado, mas reforçou o compromisso de preservar a memória e valorizar aqueles que moldaram São Bernardo. Em suma, a celebração reafirmou o espírito de autonomia, união e trabalho que marca a identidade do município há mais de oito décadas.
MARCOS FIDELIS
