Processo de impeachment chega ao Senado e Dilma se diz “injustiçada”

 O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), entregou ontem, para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), o processo de impeachment aprovado pelos deputados e que agora precisa ser analisado pelos senadores. São 34 volumes de documentos e 12.044 páginas. Hoje, às 11h, ocorrerá uma reunião entre Calheiros e os líderes partidários para tratar dos prazos e da proporcionalidade de composição da comissão especial que terá 21 membros. Um resumo do processo deverá ser lido na sessão de hoje. O presidente e o relator do colegiado deverão ser eleitos dentro do prazo de 48 horas. A reunião da comissão deve acontecer amanhã, já que quinta-feira é feriado. Calheiros disse que não haverá “atropelo” ou “procrastinação” na análise da matéria. O Senado tem dez dias para dar um parecer se aceita pela continuidade ou não do processo do impeachment. DILMA
Ontem, a presidente Dilma disse que teve o direito de governar cerceado. “Me sinto injustiçada por não permitirem nos últimos 15 meses que eu tenha governado num clima de estabilidade política”, declarou. Segundo a presidente “não há crime de responsabilidade” contra ela.