Operação “tolerância zero” fiscaliza mais de 500 motoristas em Santo André
Blitze do Detran-SP e da Polícia Militar reforçam combate à mistura entre álcool e direção na cidade
Uma grande operação contra a alcoolemia mobilizou agentes do DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo e da Polícia Militar em Santo André na última sexta-feira (31). A ação teve como objetivo reduzir os riscos e prevenir sinistros causados pela combinação entre álcool e direção, uma das principais causas de acidentes fatais nas vias urbanas.
Durante a fiscalização, 556 veículos foram abordados em pontos estratégicos do município, entre eles a Avenida Prestes Maia e a Rua das Figueiras. Além disso, 12 motoristas se recusaram a realizar o teste do bafômetro, o que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, é considerado uma infração gravíssima.
A legislação é rigorosa. Tanto a recusa em soprar o bafômetro quanto a condução sob efeito de álcool — com teste indicando até 0,33 mg de álcool por litro de ar expelido — são punidas com multa no valor de R$ 2.934,70 e abertura de processo para suspensão da CNH – Carteira Nacional de Habilitação. Ainda mais, o rigor aumenta para quem reincide: se o motorista for flagrado novamente no período de 12 meses, a multa dobra, chegando a R$ 5.869,40.
Contudo, as consequências podem ser ainda mais severas. Em caso de nova infração durante o período de suspensão, o condutor pode ter o direito de dirigir cassado. Nesse sentido, o motorista precisa aguardar 24 meses para refazer todo o processo de habilitação do zero, o que inclui exames teóricos, práticos e médicos.
A fiscalização de “tolerância zero” também busca identificar situações que configuram crime de trânsito. Em outras palavras, a infração administrativa se transforma em crime quando o teste do etilômetro registra índice igual ou superior a 0,34 mg de álcool por litro de ar expelido.
Nesses casos, além da multa e da suspensão da CNH, o motorista é conduzido ao distrito policial. Caso seja condenado judicialmente, a pena pode variar de seis meses a três anos de prisão, conforme prevê o CTB. Ainda assim, o principal foco da operação, segundo as autoridades, é salvar vidas e conscientizar a população sobre os perigos de dirigir sob efeito de álcool.
