De 3 a 7 de novembro, a Prefeitura de Diadema promove a Semana Municipal de Combate a Esporotricose, uma doença causada por fungos que provoca feridas profundas em animais ou humanos, que não cicatrizam e aumentam de tamanho rapidamente. Com o objetivo de alertar a população e os tutores de cães e gatos, a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) enviou orientações para Unidades Básicas de Saúde (UBS) e clínicas veterinárias da cidade.

“O intuito da ação é munir os profissionais de saúde (humana e animal) de informação para que possam orientar e esclarecer dúvidas dos responsáveis pelo pet e demais pessoas que convivem com animais. É uma doença que tem cura e precisa ser diagnosticada por um veterinário o mais breve possível porque aumentam as chances de sucesso no tratamento”, explica a médica veterinária da UVZ Diadema, Juliana Oliveira.
Neste ano, foram registrados 42 casos de esporotricose em animais. Já no mesmo período de 2024, foram 66 pets com a doença. Os sintomas da doença em pets são feridas que não cicatrizam, nódulos ou “bolinhas” pelo corpo e aumento de volume em focinho, com ou sem ferida.
Tratamento
A Prefeitura, por meio da UVZ, disponibiliza serviços de coleta de material para exame, acompanhamento clínico, prescrição de medicação e orientações quanto ao tratamento e ao manejo do animal. Já a aquisição da medicação, bem como ao isolamento adequado e acompanhamento fica a cargo do responsável.
O atendimento é realizado às quintas-feiras, exceto feriados, das 9h às 12h e das 13h às 16h, por ordem de chegada. Informações podem ser obtidas nos telefones 0800 7710963, 4055 5812 e 4059 5892 ou no email ccz@diadema.sp.gov.br.
A veterinária ressalta que, apesar do tratamento ser de médio a longo prazo, “a esporotricose é uma zoonose que pode ser prevenida com medidas simples, como evitar o acesso livre dos gatos à rua e buscar atendimento veterinário ao surgirem lesões suspeitas”.
O sucesso do tratamento depende de acompanhamento veterinário, da adesão completa à terapia pelo responsável e da imunidade do animal, por isso pode variar de acordo com cada caso. “Cuidar do seu animal é mais do que um gesto de amor, é um dever de quem assume a responsabilidade por uma vida”, enfatiza Juliana.
Em caso de óbito do animal, o corpo deve ser encaminhado ao Departamento de Limpeza Urbana (DLU) ou a uma clínica veterinária para destinação adequada. A médica veterinária ressalta que o enterro em quintais ou terrenos é proibido. “Esse erro na destinação do corpo pode contaminar o solo e contribuir para a disseminação da doença”, reforça a coordenadora da UVZ. Além disso, abandonar o animal doente ou em tratamento configura crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que foi atualizada pela Lei nº 14.064/2020.
Caso alguém seja mordido ou arranhado por um animal suspeito de ter a doença, deve lavar a ferida com água e sabão e observar o surgimento de sinais da doença, no período entre sete e 180 dias. Se aparecer alguma lesão, procurar atendimento médico.
Ações
Em 2017, por meio da Lei Municipal nº 3.697, foi criada a Semana Municipal de Combate à Esporotricose para lembrar a data e divulgar informações sobre a doença.
Já em novembro de 2022, a esporotricose passou a ser de notificação compulsória em Diadema, de acordo com o Decreto Municipal nº 8.198, de 3 de outubro de 2022. Com isso, a confirmação (clinica ou laboratorial) da doença em animais ou a suspeita em humanos deve ser notificada à Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) – quando em animais – e à Vigilância Epidemiológica do município – quando em humanos.
Serviço:
Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Diadema
Rua Capela, 380 – Inamar.
Tel.: 0800 771 0963 / 4055-5812 / 4059-5892.
E-mail: ccz@diadema.sp.gov.br
Atendimento de animais com suspeita de esporotricose às quintas-feiras (exceto feriados), das 9h às 12h e das 13h às 16h (por ordem de chegada).
