Entre janeiro e setembro deste ano, o estado de São Paulo contabilizou *8.407 ocorrências de estupro de vulnerável, o equivalente a uma média alarmante de **31 casos por dia*. Os dados, divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), acendem um sinal de alerta sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes — um crime que segue devastando famílias e exigindo respostas urgentes do poder público e da sociedade.
Do total, *1.011 casos* foram registrados apenas no último mês analisado. O cenário é ainda mais preocupante quando se somam os abusos contra vítimas não vulneráveis, que chegaram a *2.543 ocorrências* no mesmo período. Em todo o ano de 2024, o estado já havia contabilizado *14.579 registros de estupro*, o que mostra a persistência de uma tragédia silenciosa e cotidiana.
O *Código Penal brasileiro* prevê punições severas para o crime: *de 6 a 10 anos de reclusão* em casos de vítimas não vulneráveis e *de 8 a 20 anos* quando as vítimas são menores de 14 anos ou pessoas incapazes de resistir. A pena é aumentada em situações de *lesão grave, morte ou envolvimento de múltiplos agressores*.
Diante dos números, o vereador *Lucas Ferreira, presidente da **Frente Ampla Antipedofilia*, fez um alerta contundente:
> “Esses dados revelam uma dor que o país não pode mais ignorar. Cada número representa uma criança, uma família ferida. É preciso unir forças — sociedade, governo e instituições — para transformar indignação em ação. Nenhuma criança pode ser deixada sozinha diante desse mal”, afirmou o parlamentar.
Lucas Ferreira destacou ainda que a *Frente Ampla Antipedofilia* vem se consolidando como um movimento nacional, reunindo lideranças, entidades e voluntários na construção de políticas públicas e projetos de conscientização. Segundo ele, a missão é clara: *proteger quem não pode se defender*.
> “Nosso compromisso é romper o silêncio, fortalecer as redes de proteção e dar voz a quem foi calado pela dor. Não é apenas uma luta política, é uma luta moral, espiritual e humana”, concluiu.
A mensagem é direta: enquanto as estatísticas crescem, a sociedade precisa reagir. A proteção da infância não pode esperar — é dever de todos nós garantir que nenhuma criança perca o direito de ser criança. Reforçou o vereador.
