Neste domingo, dia 2 de novembro, é celebrado o Dia de Finados, data reservada para prestar homenagens e celebrar a vida daqueles que já se foram. Feriado nacional no Brasil, a data tende, por vezes, a ser esquecida e tratada como mais um dia qualquer. Contudo, ela evidencia a importância de preservar a memória de familiares, amigos, conhecidos, entes queridos, animais de estimação e toda vida que tenha sido significativa em nossas trajetórias.
Em 2017, o estúdio de filmes de animação Disney/Pixar lançou o longa “Coco” (traduzido no Brasil como “Viva – A Vida é uma Festa”), que conta a história de um menino mexicano que, no Dia dos Mortos, é acidentalmente conduzido ao mundo dos falecidos. Lá, ele precisa passar por uma jornada repleta de descobertas sobre sua família e seus antepassados para conseguir voltar para casa. O filme, narrado de forma leve, adorável e até romantizada, utiliza como pano de fundo a importância de manter viva a memória daqueles que já partiram. A mensagem é clara: mesmo no mundo espiritual, uma pessoa só morre de fato quando é esquecida pelos que permanecem no plano físico.
A mesma lógica de preservar a memória daqueles que se foram também é constantemente observada na história. Quando uma nação não conhece o próprio passado, tende a repeti-lo. Se a memória não for preservada, a história se repete — para o bem ou para o mal.
Muito além da idealização hollywoodiana de uma história de amor familiar, o mundo real também mostra a necessidade de manter viva a lembrança. Um exemplo é a Alemanha, que, após o terrível período do Holocausto e dos discursos de supremacia racial durante a Segunda Guerra Mundial, mantém firme sua política de negação ao nazismo, reafirmando o compromisso de nunca esquecer o que foi feito contra judeus, negros, homossexuais e comunistas na Europa.
Que neste Dia de Finados possamos relembrar com respeito as almas daqueles que se foram, preservando não apenas seus nomes na memória, mas também suas histórias, independentemente de quem sejam.
