
Após 6 anos de atuação no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar Feminista Antirracista com Participação Popular inicia uma nova fase marcada pelos desafios da conjuntura política brasileira de aumento da presença das mulheres na política e, com isso, cada vez mais ataques aos direitos das mulheres nas casas legislativas de todo o país. A Frente passa a se chamar Frente Legislativa Feminista Antirracista com Participação Popular, com o objetivo de replicar a experiência pioneira na América Latina de reunir, de forma sistemática e estratégica, movimentos sociais e parlamentares eleitas para construírem solidariedade, reação e proposições que defendem uma sociedade mais justa para as mulheres.
A partir de agora, além de parlamentares do Congresso Nacional, também podem aderir à Frente prefeitas, vereadoras, deputadas estaduais e representantes de movimentos sociais e organizações de mulheres da sociedade civil. As inscrições se encerraram no dia 30 de setembro, com ampla adesão e participação de diferentes regiões do país. No entanto, a organização da Frente segue aberta a novas interessadas em integrar a articulação e fortalecer essa experiência coletiva.
Criada em 15 de agosto de 2019, a Frente reafirma seu compromisso com a luta das mulheres, o enfrentamento das desigualdades de gênero, raça e classe econômica, além da defesa radical da democracia. Ao ampliar a participação popular, a Frente busca fortalecer a incidência política coletiva a partir de uma agenda que avança no direito ao trabalho, à justiça econômica, à participação política e ao bem viver.
“Fortalecer a Frente Legislativa com a participação popular é essencial para dar luz a essa experiência inovadora que reúne, no ambiente institucional, movimentos e parlamentares comprometidos com a agenda radical de direitos. Queremos seguir construindo agora, em escala nacional, os espaços de construção de estratégias e solidariedade de atuação por uma sociedade mais justa”, afirma Ingrid Farias, da coordenação da Frente Legislativa Feminista Antirracista com Participação Popular.
Reconhecida por campanhas de grande repercussão, a Frente já protagonizou mobilizações como #ElasFicam, em defesa de parlamentares ameaçadas de cassação por atuarem em pautas progressistas, e #CriançaNãoÉMãe, que denuncia a violência sexual contra meninas, defende seus direitos sexuais e reprodutivos e cobra políticas públicas de proteção.
Entre as prioridades atuais da Frente estão o combate à violência política de gênero e raça, a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, o enfrentamento ao feminicídio, a construção de políticas públicas de cuidado e a defesa da justiça climática e do enfrentamento a todas as formas de violência e discriminação.
Compõem a Frente após o processo de rearticulação – 2024 a 2025:
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB)
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)
Comitê para a América Latina e o Caribe de Defesa dos Direitos das Mulheres (CLADEM)
Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG)
Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD)
Rede de Mulheres Negras Evangélicas
Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA)
Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (RFS)
REDEH – Rede de Desenvolvimento Humano