Neste domingo, celebramos mais que um simples feriado. Celebramos a infância — o território mágico onde tudo é possível, onde a realidade ainda não endureceu as margens da imaginação.
O Dia das Crianças é um lembrete delicado de que a infância é, acima de tudo, um tempo de descobertas, de perguntas sem pressa de respostas, de histórias que ganham vida ao serem contadas antes de dormir.
Vivemos tempos acelerados, digitais, conectados em excesso e desconectados no essencial. Em meio a telas e algoritmos, urge resgatar o poder do brincar livre, da leitura compartilhada, da conversa olho no olho com os pequenos.
Dar a uma criança um livro é muito mais que um presente: é abrir portais, entregar chaves para mundos que só a literatura consegue acessar.
Neste Dia das Crianças, é preciso mais do que brinquedos — é necessário presença. Porque nenhuma tecnologia substitui o adulto que escuta, o que conta histórias, o que oferece colo e silêncio quando é o silêncio que cura.
Livros, palavras, sonhos: eis os verdadeiros brinquedos duradouros. E não há investimento mais transformador do que alimentar a imaginação de uma criança com as cores infinitas das boas histórias.
Que 2025 seja o ano em que mais crianças encontrem nas páginas dos livros um espelho, uma ponte, um abrigo. Que os adultos se lembrem de que foram crianças um dia e que carregam, ainda que soterrada, essa centelha de fantasia e liberdade.
E que saibamos proteger não só as crianças que vemos nas ruas, mas também a criança que vive em nós — e que também merece ser ouvida, cuidada, libertada. Porque imaginar é, e sempre será, o primeiro passo para transformar o mundo.
E sonhar com dias melhores, como fazem os pequenos com grande sabedoria, deixa mais leve a rotina, o trabalho e as próprias sofreguidões. Leva a vida a outro patamar, com expectativa positiva no que diz respeito à humanidade.
Leva-nos a observar sorrisos nos rostos de cada criança, que somente ela sabe soltar. Os olhos que vislumbram todo o mistério do que está por vir, ao mesmo tempo em que percebem cada detalhe, com a curiosidade que a vida merece.