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Carla Morando questiona doação de investigado por fraudes no INSS à campanha de Luiz Fernando em SBC

Deputada cobra transparência sobre origem de R$ 50 mil repassados por empresário acusado de lavar dinheiro com recursos de aposentadorias e pensões

A deputada estadual Carla Morando – PSDB, levantou questionamentos sobre a origem de uma doação eleitoral feita à campanha do deputado Luiz Fernando Teixeira – PT, candidato derrotado à Prefeitura de São Bernardo em 2024. Segundo apuração da CPMI do INSS, o valor de R$ 50 mil foi transferido via Pix pelo empresário Fernando Cavalcanti, investigado por envolvimento em um esquema de fraudes bilionárias contra o sistema previdenciário.
De acordo com Carla Morando, a população tem o direito de saber quem financia as campanhas e quais interesses estão por trás delas. “Quando um candidato recebe doação de alguém investigado por envolvimento em fraudes bilionárias contra o INSS, não dá para tratar como algo irrelevante. É dinheiro que pode ter origem em esquemas que lesam milhões de brasileiros, especialmente aposentados e trabalhadores que lutam para garantir seus direitos”, declarou a deputada ao REPÓRTER.

Além disso, Carla reforçou o alerta em suas redes sociais. Em publicação no Instagram, ela afirmou: “R$ 50 mil. Esse foi o valor que o candidato do PT, Luiz Fernando Teixeira, recebeu como doação para sua campanha. Mas você sabe de quem veio esse dinheiro? De um dos investigados pela CPMI do INSS, que apura fraudes bilionárias contra o sistema de aposentadorias do Brasil. Coincidência ou conexão?”.

 

HISTÓRICO

Ainda mais, o caso ganhou repercussão após o depoimento de Fernando Cavalcanti à CPMI do INSS, ocorrido na segunda-feira (6). Durante a oitiva, o empresário — ex-sócio do advogado Nelson Wilians — admitiu ter feito doações a campanhas do PT, incluindo a de Luiz Fernando. Contudo, no início do interrogatório, ele negou conhecer o deputado. “Desconheço”, respondeu, de forma seca, quando questionado sobre o envio do Pix.

Todavia, após ser confrontado com o registro da transferência, Cavalcanti recuou. “Ah, desculpa… o senhor pode repetir o nome de novo, por favor?”, disse, antes de confirmar a doação. “Não só pra ele… fiz para diversos”, completou, tentando generalizar os repasses. Em outras palavras, o empresário buscou minimizar a relação direta com o parlamentar, alegando que suas contribuições foram amplas e sem interesses específicos.

Apesar disso, os membros da comissão insistiram em saber o motivo da doação. “Como democrata, sempre que posso gosto de investir e ajudar bons projetos. Não tenho nenhum interesse pessoal, zero”, afirmou Cavalcanti, acrescentando que não se lembrava de quem teria solicitado o repasse. Do mesmo modo, disse que seus critérios para doar são subjetivos: “Quando alguém chega, apresenta um projeto, pede… se eu quiser ajudar, eu ajudo. Se não quiser, digo ‘não, obrigado’”.

 

ACUSAÇÃO

Nesse sentido, o empresário também é acusado pela Polícia Federal de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentava recursos desviados de aposentadorias e pensões. A PF apreendeu uma Ferrari F8 Spider, um Mercedes-Benz S 63 e um Mercedes-Benz AMG GT 63 S registrados em nome da FAC Negócios, empresa ligada a Cavalcanti. “Ele lavou dinheiro comprando carros de luxo e escondeu aqui atrás”, denunciou o deputado Marcel van Hattem (Novo) durante a sessão.

 

MARCOS FIDELIS

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