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Combate à fome e atos pela paz são temas de encontro entre consultor da ONU e representantes da Prefeitura de Mauá

Desenvolvimento de projetos devem beneficiar população de áreas vulneráveis e lutar contra preconceito e discriminação

Representantes da Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura de Mauá tiveram um encontro, nesta quarta-feira (01/10), com o consultor sobre Religiões de Matriz Africana da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Pai Denisson Tulli D’Angiles e os líderes de terreiros Pai Juvenal da Silva, a presidente do Instituto Aweto e Yalorixá da Roça Itaussu, Solange da Silva, Maria Izabel da Silva, a Mãe Tuta de Ogu, e o Pai Henrique Baldagri, cujo centro está há mais de 60 anos na cidade.

Em abril, D’Angiles participou do Fórum Ecosoc, o Conselho Econômico e Social da ONU, em Nova York, representando a Umbanda para lideranças de mais de 180 países. Os assuntos durante o encontro giraram em torno de igualdade racial, segurança alimentar e o respeito às religiões de Matriz Africana.

Pai Denisson é conhecido por sua atuação em causas sociais e representatividade da religião e é presidente do CEU Estrela Guia. À frente desta instituição, ele comanda 22 cozinhas comunitárias na Capital, que matam a fome de milhares de pessoas em vulnerabilidade. Com isso, explicou sua experiência no combate à fome ao longo de anos e falou sobre os critérios para que as entidades do município tenham acesso aos recursos federais para sete tipo de projeto social.

“Os alimentos encaminhados às cozinhas solidárias respeitam normas das religiões de Matriz Africana, se não consomem carne de porco, não terão carne de porco”, disse. Os projetos citados no encontro podem ser encaminhados aos órgãos adequados do Governo Federal, explicou o consultor.

Mãe Solange citou ideias que pretende desenvolver no município. Em um deles, “alguns terreiros poderiam funcionar como postos da saúde para atendimento à população”, sugeriu Solange, por estarem em locais estratégicos. O outro projeto está relacionado à questão da segurança alimentar em comunidades vulneráveis. Além destes, ela. Citou outro sobre o mapeamento dos centros de Religiões de Matriz Africana em Mauá, que, supõe-se, sejam mais de 100.

Além deste tema, Pai Denisson sugeriu que as comemorações do aniversário de Mauá agreguem um “evento ecumênico em celebração à paz, com integrantes de todas as religiões que atuam no município, numa importante manifestação de acolhimento, tolerância e respeito”.

“O Brasil tem uma dívida histórica com o povo negro. Estamos empenhados na constituição do Conselho Municipal de Igualdade Racial e no combate à insegurança alimentar de pessoas que professam as religiões de origem na África. Além disso, é fundamental defender a bandeira da paz e da tolerância religiosa na nossa cidade e um ato ecumênico pode representar isso de uma forma muito significativa sendo exemplo para outras cidades”, explicou o secretário de Relações Institucionais, Edilson de Paula.

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