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Fast Track reduz em mais de 2h o tempo de permanência de pacientes no Hospital Albert Sabin, em São Caetano

Cinco semanas após ser implementado no Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin, em São Caetano do Sul, o Fast Track apresenta resultados extremamente satisfatórios. A linha ágil tem como objetivo um primeiro atendimento mais rápido e eficiente para os pacientes não graves, que representam a maioria das pessoas, e também beneficia significativamente os casos mais urgentes, pois otimiza o fluxo desses pacientes e libera recursos valiosos para que os profissionais de Saúde possam se concentrar nas demandas mais críticas.

Fotos: Eric Romero / PMSCS

 

Os números consolidados de 21 de agosto a 24 de setembro mostram que o tempo médio da jornada dos pacientes classificados com a cor azul (não urgente) caiu 47 minutos (43%) com relação às cinco semanas anteriores à implementação do Fast Track (17/7 a 20/8).

Já o tempo médio da jornada dos pacientes classificados com a cor verde (pouco urgente) também caiu 47 minutos em números absolutos, o que neste caso representa queda percentual de 85%.

A jornada considera todo o período do paciente no hospital, da retirada de senha à recepção, passando pela triagem, consultórios, medicação e exames (quando solicitados pelo médico).

Com os pacientes classificados como azul e verde direcionados para o Fast Track, o atendimento dos pacientes classificados com a cor amarela (urgente) também ganha agilidade, já que há menos pessoas para serem atendidas na linha de atendimento convencional.

Por isso, o tempo médio da jornada destes pacientes também caiu no período comparativo. E muito: 2 horas e 26 minutos (47%). Vale lembrar que os pacientes classificados com a cor amarela requerem cuidados específicos e mais complexos que os classificados como azul ou verde, o que naturalmente amplia o tempo de permanência no hospital.

Os casos de muita urgência (laranja) e emergência (vermelho) seguem o fluxo normal, cujos atendimentos são prioritários.

COMO FUNCIONA

É feito um atendimento inicial onde o enfermeiro classifica o risco. Pacientes classificados como verde ou azul, a partir de fluxogramas assistenciais elegíveis, são encaminhados para o Fast Track, uma área com consultórios e equipes específicas.

Essa separação física e de equipe permite um atendimento mais rápido e focado, com decisão de alta imediata ou retorno para o atendimento convencional. Se necessário há encaminhamento para a UDC (Unidade de Decisão Clínica) para observação breve, evitando a sobrecarga das áreas de urgência.

Todo o processo de atendimento (classificação de risco, avaliação médica e medicação) é realizado em uma linha contínua. Dessa forma, o paciente não retorna à recepção – com a nova linha de atendimento foi criada também uma nova saída do HMEAS, exclusiva do Fast Track.

Os pacientes atendidos pelo Fast Track são aqueles que durante a consulta de triagem foram identificados com quadro sem gravidade. Exemplos incluem resfriados comuns, diarreia leve, dores lombares baixas, tosse, infecções urinárias sem complicação, dor de cabeça leve, mialgia, mal-estar, náuseas e vômitos sem desidratação, e alergias não especificadas.

SISTEMA DE MANCHESTER

Em paralelo, a fim de garantir melhor assertividade, qualidade e segurança na classificação de risco, foi implementado o Sistema de Manchester, que funciona como um “farol de prioridades” na entrada do hospital.

O Sistema de Manchester é um dos principais métodos de classificação de risco de pacientes do mundo. Ele prioriza os atendimentos de acordo com a gravidade, a partir da classificação por cores: vermelho (emergência – atendimento imediato), laranja (muito urgente – até 10 minutos), amarelo (urgente – até 60 minutos), verde (pouco urgente – até 120 minutos) e azul (não urgente – até 240 minutos).

Enfermeiros certificados pelo método avaliam rapidamente os sintomas e classificam a urgência do paciente. Essa triagem é a peça-chave do Fast Track, pois direciona de maneira assertiva e segura os casos menos graves (cores verde e azul) para a linha de atendimento exclusiva.

“A implementação do Fast Track e do Protocolo de Manchester é estratégica para transformar o atendimento de emergência, garantindo agilidade, eficiência e a priorização fundamental dos casos mais graves”, define a secretária municipal de Saúde, Adriana Berringer.

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