Editorial

Editorial – Entre o ruim e o pior

 Ao que tudo indica, hoje definir-se-á o afastamento do governo mais corrupto e mentiroso, mais criminoso e venal da história deste país. A certeza é que nenhum movimento organizado o derrubou: cai de podre. Exceção feita à Lava-Lato e um que outro parlamentar idôneo, as oposições amarelonas foram a reboque dos fatos e no auge das manifestações não se contou senão com minoria ínfima da população nas ruas, na equação número de habitantes e porcentagem de manifestantes.  O repúdio à quadrilha é amplo, geral e irrestrito, mas, não há correspondência entre repulsa e ação. A ausência, no dia de hoje, da cidadania nas ruas, praças e avenidas de forma massiva e consistente, única coisa que amedronta a casta política, dá fôlego aos sicários e seus capangas no intuito de impedir o afastamento de sua figura de proa para assustar a população, certos de que causando medo matariam as esperanças de tirar o país da UTI e das garras da bandidagem institucionalizada.  Os eventuais substitutos na bandalheira serão os mesmos que dela participaram e dela tiraram amplas vantagens. São tranqueiras, haja vista que seus chefes estão, todos, com a cabeça a prêmio na Justiça. Mas, se retirados os inaceitáveis, já será um notável passo adiante. Nada de novo: é a história de um país subalterno que propugna um grande futuro, seguindo todavia há séculos debatendo-se entre o ruim e o pior. 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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