A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação Quimera Fiscal, segunda fase da Operação Ornitorrinco, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava sob a fachada de consultoria tributária. Além disso, o grupo é suspeito de fraudar a DCOMP – Declaração de Compensação, bem como de praticar falsidade documental, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Nesta etapa da investigação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. Contudo, três deles ocorreram na região metropolitana de São Paulo, incluindo São Bernardo, e um em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ainda mais, a ação contou com o apoio da Receita Federal do Brasil, reforçando a cooperação entre órgãos de fiscalização.
Segundo as investigações, a organização oferecia a empresários falsas soluções para quitação de débitos fiscais, baseadas em créditos inexistentes. Em outras palavras, o esquema funcionava por meio da transmissão de declarações fraudulentas em nome das empresas devedoras, utilizando certificados digitais de interpostas pessoas. Todavia, quando a fraude era descoberta, os débitos voltavam a ser cobrados, enquanto a consultoria já havia recebido altos valores como pagamento.
Os recursos obtidos ilegalmente eram, ainda assim, utilizados na aquisição de imóveis, veículos de luxo e em transferências para empresas patrimoniais e pessoas de confiança, tanto no Brasil quanto no exterior. Além disso, estima-se que o prejuízo potencial causado pelo esquema supere R$ 231 milhões.
A Polícia Federal reforça que a Operação Quimera Fiscal é parte de um esforço contínuo para combater fraudes tributárias de grande escala. Nesse sentido, as autoridades alertam para a importância de empresários e cidadãos ficarem atentos a ofertas de quitação de débitos fiscais suspeitas, para evitar prejuízos financeiros e implicações legais.