O Liceu Jardim anunciou a abertura do Exame de Admissão para a 1ª série do Ensino Médio de 2026, oferecendo bolsas de estudo de até 100%. A prova será realizada no dia 14 de setembro, das 14h às 17h, e está aberta a alunos do 9º ano da própria instituição, bem como de escolas públicas e privadas da região.
Além disso, a novidade deste ano é a criação das chamadas “bolsas-talento”, um projeto social desenvolvido em parceria com um empresário do ABC. O objetivo é mobilizar recursos para garantir educação de excelência a jovens de famílias que não dispõem de condições financeiras.
Ainda mais, os candidatos interessados em concorrer às 20 bolsas integrais precisam comprovar renda bruta mensal familiar per capita compatível ao edital disponível no site liceujardim.com.br. Nesse sentido, a iniciativa busca equilibrar mérito acadêmico e responsabilidade social.
De acordo com o professor Daniel Contro, diretor acadêmico do colégio, a ação nasceu de um gesto inspirador. “É um empresário cujos filhos passaram por aqui. Os dois entraram em universidades públicas. Ele nos procurou e disse assim: ‘O Brasil é todo invertido, né? Eu, que posso pagar, agora vou ter faculdade gratuita. Já quem não pode pagar, geralmente não tem acesso.’ Esse foi o caso que ele citou. Então, ele decidiu oferecer vinte bolsas integrais”, relatou.
Contudo, o processo de seleção não se limita apenas à prova. Ele inclui também critérios sociais, assegurando que o benefício alcance de fato quem mais precisa. Do mesmo modo, não há cobrança de taxa de inscrição, tornando a participação totalmente gratuita.
Em outras palavras, o projeto conecta o prestígio acadêmico e a tradição do Liceu Jardim com a responsabilidade social, abrindo caminhos para jovens talentos e democratizando o acesso a uma formação de alto nível. Ainda assim, o impacto esperado vai além dos muros da escola.
“Existe um estudo muito claro sobre isso. Quando os jovens têm acesso a um bom repertório acadêmico, cultural, clássico, linguístico, incluindo o inglês, em vinte anos o país se transforma. Isso melhora a produtividade, reduz os custos do Estado e gera transformação social. E, afinal, o que são vinte anos na vida de um país?”, destacou o professor Contro.
Porém, o diretor também fez questão de alertar para as resistências que projetos como este enfrentam. “O problema é que, muitas vezes, esse tipo de iniciativa não interessa ao sistema já estabelecido. Todo governo demagógico teme um povo instruído. Vivemos um tempo em que a riqueza das nações não está mais em rebanhos ou em paisagens exuberantes, mas sim na propriedade intelectual e na capacidade de produção. Não tem como aspirar a um futuro diferente sem investir em conhecimento”, completou.
