O óleo de cozinha usado é um grande vilão do sistema de saneamento e do meio ambiente. Em Mauá, a BRK, empresa responsável pelos serviços de esgoto da cidade, alerta que além de obstruir as tubulações, alguns estudos apontam que um litro de óleo de cozinha pode poluir 20 mil de litros de água.
Por esse motivo, a empresa realiza em parceria com as secretarias municipais de Educação e de Meio Ambiente e também com a empresa Lirium Reciclagem Ambiental, o Projeto Olho Vivo “Água e óleo não se misturam”. A iniciativa prevê a destinação adequada do óleo de cozinha usado a pontos de coleta instalados nas escolas municipais e conveniadas. Todo o resíduo arrecadado é encaminhado para empresas que fabricam biodiesel.
Somente nos meses de julho e agosto foram coletados pelas escolas municipais que participam do projeto, 200 litros de óleo usados. É importante ressaltar que as escolas participam de ações realizadas pela BRK como teatro de fantoches e visitas na Estação de Tratamento de Esgoto da cidade para reforçar o tema, que também é abordado em atividades pedagógicas nas salas de aula com oficinas e palestras para os alunos.
Como iniciativas das escolas é feito um painel de acompanhamento mensal da quantidade de óleo arrecadado e algumas até criaram mascotes com a bombona para o descarte do óleo. Já foram desenvolvidas artes nas bombonas do boneco “Minius”, “Papa Óleo” e até mesmo um robô que os alunos apelidaram de “Robô Ollie”.
Segundo Evaristo Reis, responsável pela área de operações da BRK em Mauá, o descarte correto do óleo de cozinha é uma das medidas mais simples que podemos tomar para preservar o meio ambiente e evitar sérios danos ao sistema de esgoto.
“A rede coletora de esgoto é um equipamento público responsável por coletar e afastar os efluentes gerados nas residências, escolas, comércios e indústrias por meio de tubulações dimensionadas para tal finalidade, ou seja, apenas esgotos provenientes de banheiros, pias e tanques. Ao jogar o óleo na pia da cozinha, depois que o produto esfria, o resíduo que era líquido vira um bloco sólido capaz de se fixar nas tubulações. Com o passar do tempo, o acúmulo de gordura só cresce, o que vai reduzindo o espaço para a passagem do esgoto até provocar a completa obstrução da tubulação”, destaca Evaristo.
Assim, pequenas mudanças de hábitos no dia a dia contribuem positivamente para a preservação ambiental, reduzindo o impacto gerado com o descarte inadequado deste resíduo no solo, nos cursos d’água e na rede de esgoto.
Confira o passo a passo para participar do projeto Olho Vivo:
- Após o uso (fritura dos alimentos), espere o óleo esfriar;
- Armazene o óleo em garrafas plásticas (ou PET), de preferência transparentes;
- Use um funil na boca da garrafa para despejar o óleo;
- Feche bem a tampa para evitar vazamentos;
- Guarde a garrafa com óleo em lugar protegido e arejado, longe do sol e do calor;
- Assim que a garrafa estiver cheia, leve-a até a escola municipal ou ponto de coleta mais próximo da sua casa e deposite no coletor do projeto.
A lista com os endereços dos pontos de coleta em Mauá pode ser acessada no site: https://www.brkambiental.com.br/maua/coleta-de-oleo-1
