Claude Monet, o nome mais associado ao movimento impressionista, hoje é celebrado no mundo inteiro. No Brasil, sua obra atraiu recordes de público: a exposição Ecologia de Monet, no MASP, levou mais de 410 mil visitantes em sete anos de negociações até sua realização.
Porém, a vida do artista esteve longe do glamour que sua fama atual sugere. Monet enfrentou dificuldades financeiras, críticas severas e problemas de saúde, mas jamais permitiu que nenhuma delas parasse sua arte. E é justamente dessa trajetória que podemos extrair lições valiosas.
Acredite no seu próprio jeito de fazer as coisas – suas pinceladas soltas e a busca pela luz natural foram vistas como erros pela crítica acadêmica, mas ele persistiu no seu estilo e por isso é reconhecido até hoje.
Crie suas próprias oportunidades – em 1874, ao lado de Renoir, Cézanne, Degas e Pissarro, organizou uma mostra independente após rejeição no Salão de Paris. Assim nasceu o Impressionismo. Ou seja, não parou quando foi barrado e além disso criou algo novo e revolucionário. É o poder do propósito junto com a força do coletivo.
Foco é o caminho da excelência – Monet repetiu temas como a ponte de Londres, a Catedral de Rouen e as Ninféias (essas últimas mais de 250 vezes!) sob diferentes luzes e estações, refinando sua técnica e eternizando sua assinatura. Por isso, le se tornou o nome mais célebre quando se pensa em paisagens impressionistas
O maior talento é continuar mesmo diante dos obstáculos – Monet pintava por uma necessidade de expressão, e por isso nada o impedia. Mesmo quando sua visão foi afetada pela catarata ele não parou de criar.
Nossos “defeitos” nos fazem únicos – Se o gênio tivesse parado após seus problemas de visão, não teríamos as obras-primas realizadas em sua fase final. Com a catarata, ele não enxergava azuis ou verdes com nitidez, mas o resultado de sua persistência são obras com combinações de cores vibrantes e um estilo único, que só foram possíveis porque o artista não se permitiu parar.
Cultive a obsessão criativa – mais do que disciplina, um toque de obsessão pelo que se faz é essencial para quem quer fazer história, e Monet não só tinha como fazia com que tudo em sua vida girasse em torno de sua arte a ponto de montar um jardim em sua casa e convencer a Prefeitura de Paris de que poderia mudar o curso de um rio só para poder pintar a natureza. Resultou em suas famosas Ninfeias que estão eternizadas em seu trabalho.
A arte, afinal, também é espelho da persistência humana. E você, o que aprendeu com Monet? A exposição do MASP foi prorrogada até sábado, 6 de setembro de 2025. Vale a visita.
Munick Rabuscky Davanzo
