Se você, idoso, adulto, principalmente se for jovem, tem amigos, mesmo que poucos, sinta-se privilegiado. A amizade tornou-se um bem de luxo. Não, não é algo caro, que se compra. Aliás, não é um produto feito para ser consumido, mas para ser cultivado. É uma coisa simplesmente valiosa, mas está em crise.
Segundo um artigo da Harvard Business Review, há uma tendência para a diminuição da amizade. E um estudo do American Perspective Survey mostrou que, 12% dos adultos norte-americanos não têm amigos íntimos.
Antigamente, era possível alguém ter de uma a duas dezenas de amigos. Hoje, se perguntarmos a uma pessoa, “Quantos amigos você tem?”, ouviríamos, “Amigos? Meus amigos, dá para contar nos dedos de uma mão.” Então, as pessoas também têm diminuído o número de amigos. E há quem responderia, “Amigo, que amigo? Só tenho conhecidos.”
Não há só uma causa responsável pela diminuição da amizade. É multifatorial, como, poucas reuniões e encontros em clubes, em igrejas, jantares em restaurantes e muito tempo gasto nas redes sociais. A perda de hábitos sociais, está dando lugar ao hábito de ficar só. Muitos nunca ficam só, porque cultiva a companhia de um pet.
Nos Estados Unidos, a Universidade de Stanford oferece um curso, chamado “Design para Amizades Saudáveis”, para pessoas que pretendem aprender a fazer e manter amizade. É, fazer amizade, hoje, exige um tremendo esforço (estudo) e gastos (mensalidades). Assim, como dizem por aí, amigos não têm preço, mas saber fazer, vai ter custo.
Paulo Moriassu Hijo