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Atos que entram para a história

A história é marcada por atos. Bons ou ruins, são atos que marcam a vida de uma nação ou de uma população. Desde a promulgação ou outorga de leis até revoluções e golpes, todo ato tem um motivo e um porquê de ter sido feito. Mas alguns não têm explicação concreta e nem solução certa.

O dia 24 de agosto fica marcado por um desses atos cuja história não venha a ser desvendada por completo. Por mais que um documento, uma simples carta, possa vir a explicá-lo, sua forma e vontade de fazê-lo é que não têm uma razão certa. Neste dia, em 1954, o então presidente Getúlio Dornelles Vargas cometeu suicídio e deixou uma carta na qual dizia: “Saio da vida e entro para a história”.

De fato, ele entrou para a história. Foram 15 anos de poder, sendo quatro provisórios, três constitucionais e sete de forma ditatorial. Além disso, mais quatro de forma constitucional, eleito democraticamente, num pleito em que grande parte da massa estava com afinco ao brigadeiro Eduardo Gomes, pois não queria o “ditador” de volta ao poder.

Todavia, Vargas fez um governo voltado para seus programas e suas bases trabalhistas. Inventou uma nova forma política de governar e criou o Getulismo como linha de estrutura político-social-econômica. Introduziu a CLT e deu ao trabalhador um caderno de leis que até hoje serve de base. Só que um ato contra seus desafetos fez com que a história mudasse e ele viesse a entrar para as páginas dos livros com um fim trágico.

Alguns historiadores, pesquisadores e pensadores dizem que Vargas se matou para evitar que o pior acontecesse e os militares assumissem o país. Não por menos, uma Junta assumiu o Brasil depois da deposição de Café Filho, e Juscelino Kubitschek entrou no poder por meio de um acordo.

Se atos marcam a história, sem dúvida este foi um que merece destaque pelo ar nebuloso do período. Será que Vargas seria deposto? Será que Vargas iria fazer um governo junto com os militares? Será que Vargas seria morto ou sofreria um atentado? Quantas perguntas sem respostas, assim como esta: por que ele se matou?

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