Uma das vozes femininas mais relevantes da literatura brasileira completaria 136 anos nesta semana, dia 20. Cora Coralina foi uma poetisa de Goiás que escrevia desde a adolescência, mas que lançou seu primeiro livro aos 75 anos de idade. Esse grande nome da cultura nacional é tema da peça teatral “Terra Cora”, com as atrizes Malú Saloti e Magali Costa, e está em cartaz até o fim do mês, em São Caetano.
O premiado espetáculo propõe o resgate da ancestralidade feminina e potencializa os instantes que permeiam o dia a dia da vida de todas as mulheres. Em um tempo qualquer, Lencinho e Pé de Meia, arrumam a casa e, enquanto colocam as coisas no lugar, lembram de Aninha, a menina feia da ponte da Lapa. Remexendo memórias, acabam por desvelar a grande escritora Cora Coralina.
“Terra Cora” tem sessões aos sábados e domingos (23, 24, 30 e 31 de agosto), às 20h, no A3 Espaço de Dança (Av. Dr. Augusto de Toledo, 495, 1º andar, no bairro Santa Paula). Os ingressos podem ser adquiridos no www.bilheteriaexpress.com.br, de R$ 40 a R$ 80. A duração da peça é de 60 minutos, com classificação etária de 12 anos.
A POETISA DE GOIÁS
Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que se destacou na literatura brasileira como poetisa e contista. Está entre as vozes femininas mais importantes do país. Teve seu primeiro livro (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais) publicado em 1965, quando já tinha 75 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência. Sua obra de estreia caiu nas graças do grande autor Carlos Drummond de Andrade, anos mais tarde, aí sim caindo nas graças do grande público. Ganhou diversos prêmios e tornou-se um nome essencial da literatura nacional. Cora Coralina morreu em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985.