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Filha de Marcelo Lima recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial

Gabriele Fernandes, filha do prefeito afastado, também foi citada em pagamentos investigados pela PF; operação apura esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na prefeitura

A filha do prefeito afastado de São Bernardo, Marcelo Lima – Podemos, recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial entre 2020 e 2021, período em que o pai ainda ocupava o cargo de vice-prefeito da cidade. A informação consta em relatório da Polícia Federal e lança novos questionamentos sobre o envolvimento da família no esquema investigado.

Além disso, os dados revelam que Gabriele dos Santos Lima Fernandes recebeu cinco parcelas de R$ 600, outras quatro de R$ 300 e mais sete de R$ 150, somando R$ 5.250. O benefício, criado em abril de 2020 pelo governo federal, tinha como objetivo amparar trabalhadores informais e famílias em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de Covid-19.

Ainda assim, a filha do prefeito também foi mencionada em outras movimentações financeiras investigadas pela PF. Em mensagens obtidas, Paulo Iran Paulino Costa — servidor da ALESP – Assembleia Legislativa de São Paulo e apontado como operador financeiro de Lima — aparece quitando uma mensalidade da faculdade de medicina de Gabriele no valor de R$ 8.284,95.

Nesse sentido, as conversas ainda mostram o pagamento de um boleto de R$ 2.565 identificado como “Boleto de Bibi”, apelido usado para se referir à filha do prefeito. Do mesmo modo, Paulo também teria arcado com faturas de cartão de crédito de R$ 32.049,78, compra de passagens aéreas para os Estados Unidos de R$ 19.182,14 e contas de consumo, como telefone e internet.

Contudo, a operação ganhou proporção ainda maior no mês passado, quando a PF encontrou quase R$ 14 milhões em espécie com Paulo Iran, durante diligência em São Paulo. Os agentes apreenderam R$ 583,3 mil no carro dele e, em seguida, R$ 12,2 milhões e US$ 156,9 mil em uma sala no mesmo prédio.

Apesar disso, Paulo segue foragido desde o início da Operação Estafeta, deflagrada na última semana. Ele é apontado como o principal articulador das transferências ilícitas de dinheiro dentro da gestão de Marcelo Lima.
O REPÓRTER tentou contato com Marcelo Lima que, até o fechamento desta matéria, não se manifestou.

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