Editorial – Competência, ou firulas?

 Falamos ontem que questões filosóficas ou existenciais referentes às diferenças de gênero são irrelevantes, ante a baita crise estrutural em que a era PT meteu o país. Com inflação de 10% e subindo, retração de 4% e caindo, 11 milhões e meio de desempregados aumentando e a educação, a saúde, a infraestrutura e o desenvolvimento econômico em farrapos, a conclusão é óbvia: o país não necessita de firulas, mas, de competência. Não poderia importar, ao governo interino, se o titular de um ministério deve ser escolhido para agradar fulanos ou beltranas, brancos ou negros, homens ou mulheres: o único critério tem, obrigatoriamente, de ser o da competência e, a escolha, alicerçada no mérito.  O que está em jogo é o futuro do país, portanto de todos que nele vivem, sem exceções. Depois de botarmos o pior para correr e ficado com os menos ruins, o governo Temer corre o risco não só de ser breve, como mais um desastre, ao ceder a pressões de grupos, grupelhos, facções e aberrações. O momento é de união nacional para tirar a pátria do pântano. Sabemos que é muito difícil tirar a vaca do brejo: mais difícil, porém, é tirar o brejo da vaca. Cartesianamente, quem não estiver a favor da reforma política, sem a qual não haverá as necessárias reformas trabalhista, previdenciária, fiscal e outras, está contra o país. O que se exige é competência. Todo o resto são firulas.