As diferenças comportamentais de cada geração ditam as constantes mudanças que marcam décadas, com valores, costumes e perfis que vão se transformando diante de cada olhar. Uma verdadeira revolução que, muitas das vezes, cai em um lugar comum na hora que os debates vão para a mesa: “a geração anterior era melhor”. Esse ponto sempre é levantado e torna-se um verdadeiro fervilhão.
O filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen, mostra bem como uma grande parte dos seres humanos acha que perdeu algo ou o quanto poderia ter sido melhor pertencer a outra década. O protagonista do filme faz uma viagem ao passado e fica cada vez mais insatisfeito com o presente. O personagem queria pertencer à década de 20, a mesma de seus ídolos, que ele visita todos os dias, quando faz sua viagem, sempre à meia-noite, ao passado.
Mas, fora da sétima arte, a nostalgia fica na realidade por conta de estudos filosóficos sobre as diferenças de gerações e as especificidades de cada uma.
Os chamados “baby boomers”, nascidos após a Segunda Guerra Mundial, principalmente entre 1946 e 1964, viram de perto o surgimento de movimentos sociais e culturais que desafiaram as normas estabelecidas da época. O movimento hippie e beat foi caracterizado por uma rejeição dos valores convencionais.
Depois, a Geração X, que cresceu em um período de mudanças rápidas e globalização, desenvolveu independência e adaptabilidade. São os nascidos entre 1965 e 1980.
Os Millennials, ou Geração Y, nasceram em plena evolução da tecnologia e da internet — isso entre 1981 e 1996.
Chega então a Geração Z, de 1997 a 2012, totalmente digital e adaptada a um mundo conectado, valorizando a autenticidade e a praticidade.
Por fim, a atual geração, batizada de Alfa. Trata-se dos nascidos a partir de 2013, com grande influência da inteligência artificial e altamente conectados. Mostram a que vieram.
No frigir dos ovos, o que vale mesmo é a transformação de cada geração e seu legado. Não se perde nunca — independente de climas saudosistas ou até mesmo dos mais céticos que não creem nessa “história de geração”.