As Conferências Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde, são obrigatórias por lei e tem por objetivo proporcionar a efetiva participação popular prevista na Constituição Federal de 1988, que estabeleceu o grande marco do controle social no Brasil.
Mas o que presenciamos na prática, é que à população, passados mais de trinta e seis anos da constituição cidadã, ainda não se apropriou dos instrumentos colocados a sua disposição, e exercer seu papel, como controladora das ações públicas, contribuindo assim para a prestação de serviços públicos de qualidade, e que venham ao encontro dos interesses dos usuários.
Talvez os grandes problemas que enfrentamos hoje na educação, saúde, transporte, segurança pública, sejam frutos dessa lacuna entre o controle social idealizado pela Constituição, e o controle efetivamente praticado pela sociedade.
No caso da saúde ninguém esta feliz, de um lado vemos os usuários descontentes com os serviços prestados, reclamam do descaso, péssimo atendimento, descompromisso dos profissionais. Do outro lado os profissionais de saúde também não estão felizes, reclamam dos baixos salários, desorganização dos serviços, desvalorização profissional, agressões físicas e verbais, e como se tudo isso não fosse o suficiente, os gestores também não estão felizes.
Essa constatação indica que a saúde não vai bem, o que me faz lembrar um ditado popular que ouvia da minha mãe: “Na casa que não tem pão, todos brigam, mas ninguém tem razão”.
São Caetano do Sul realiza hoje, à sua VIII Conferência Municipal de Saúde, no Auditório da USCS – Centro, das 8h à 13h, aberta ao público, uma boa oportunidade para a sociedade, os profissionais de saúde e os gestores, discutirem os problemas de saúde do município, encontrando soluções para o bem de todos. Compareça!
