O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que impõe uma sobretaxa de 50% sobre cerca de 58% dos produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano. A medida, que entrará em vigor no dia 6 de agosto, alegadamente por questões de “proteção da segurança nacional”, pode gerar um prejuízo de R$ 20 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em um ano, segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento das tarifas afeta diretamente o agronegócio, com produtos como café, carnes e frutas, além de setores industriais como calçados e têxteis.
A lista de produtos penalizados é extensa e atinge itens importantes da pauta de exportação brasileira. No agronegócio, café em grão, carnes bovina e de frango, frutas e açúcar terão seu acesso ao mercado americano encarecido. A indústria também será impactada, com a sobretaxa recaindo sobre calçados, têxteis, máquinas e equipamentos elétricos. “Essa ação protecionista, por si só, já é bastante prejudicial para o exportador brasileiro, que perde competitividade no mercado americano”, afirma Rodrigo Barreto, doutor em economia e professor de Administração do Centro Universitário FEI.
Os setores poupados da sobretaxa incluem petróleo bruto, minério de ferro, aviões e celulose, bens estratégicos para as empresas americanas. Mesmo com essas exceções, o impacto econômico no Brasil é significativo. A CNI projeta uma queda na produção e nos investimentos em estados como Ceará, Espírito Santo e São Paulo, que possuem uma forte exposição ao mercado dos EUA.
O consumidor brasileiro também sentirá o reflexo da medida. A redução da entrada de dólares no país, como resultado das tarifas, tende a desvalorizar o real. Com a moeda mais fraca, a importação de insumos e componentes, como microchips e máquinas-ferramenta, fica mais cara, elevando os custos de produção doméstica. “A desvalorização do real e o encarecimento de insumos podem gerar uma pressão adicional sobre a inflação, o que acaba prejudicando o bolso de toda a população”, explica o professor Barreto.
Atualmente, o governo brasileiro busca o diálogo com os Estados Unidos para reverter a situação antes de recorrer à Lei de Reciprocidade, que permitiria ao Brasil adotar contramedidas. O desfecho dessas negociações diplomáticas definirá se o diálogo prevalecerá ou se o protecionismo se consolidará, com efeitos duradouros para exportadores, empregos e, em última instância, para a economia do país.
Sobre a FEI:
Com mais de oito décadas de tradição, a FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros) se destaca entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharia. Referência em gestão, inovação e tecnologia, a FEI já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana, sustentável e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão.
A FEI faz parte da Companhia de Jesus e oferece cursos de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharias – habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e a primeira graduação em Engenharia de Robôs do País, sendo o maior polo educacional de robótica inteligente da América Latina.
Acompanhando as megatendências mundiais para o futuro, a FEI participou da formulação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Engenharia e Administração, propondo ao Ministério da Educação conceitos de interdisciplinaridade e empreendedorismo, que fazem com que os alunos tenham uma formação mais ampla e alinhada com as transformações tecnológicas.