Editorial

Editorial – Buraco Negro

  Acima de 170,5 bilhões de reais foram pro ralo, este ano, durante o desgoverno Dilma e da conjura letal dos escroques que sangraram o país na última década. Na troca do pior pelo menos ruim (insistiremos à exaustão nisso), o governo interino de Michel Temer corrigiu rapidamente lambanças de alguns ministros neófitos e outros viciados em holofotes, e aprovou a redução da meta fiscal deste ano, no Congresso, na sessão tumultuada de terça-feira. 
O déficit consentido (gastos maiores que arrecadação) livra, na teoria, investimentos e programas sociais de cortes drásticos no curto prazo, além de dar certo fôlego aos substitutos do esquema criminoso anterior. Porém, não resolve o problema: o dinheiro público seguirá sumindo no buraco negro se outras medidas saneadoras, previstas no projeto de Temer, não forem tomadas. Nenhuma delas será “popular” e todas gerarão mal estar social. 

É e será terreno fértil para aventureiros de todo calibre, arrivistas convictos conhecidos ou iniciantes, preocupados maiormente com o próprio bolso e não com o Bem Comum, no cenário da pior crise nacional dos últimos 25 anos e das próximas eleições municipais. O rombo federal é amplo, geral e irrestrito, fazendo não haver município no país que esteja com as contas em dia, por mais qualificada que seja a administração. Será prudente observar esse pormenor, na escolha de seus candidatos. Certo? 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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