Cegonheiros fazem paralisação

A decisão pela greve foi tomada em assembleia dos cegonheiros ocorrida nesta semana no bairro Demarchi, em São Bernardo. Segundo líderes do movimento, a Volkswagen sinalizou que pretende alterar o modelo de entrega dos carros. Atualmente, a montadora possui contrato com quatro grandes companhias de logística: Brazul, Tegma, Transauto e Transzero, que repassam o frete a cerca de 3.600 prestadores de serviço, entre motoristas autônomos e pequenas e médias empresas.
Entretanto, nos bastidores, a informação que circula é a de que, assim como ocorreu no ano passado, a Volkswagen tenta novamente deixar esse serviço sob responsabilidade exclusiva da Júlio Simões Logística, o que provocaria desemprego em massa. Além disso, teria um enorme prejuízo, já que foram investidos muito na frota para poder atender a montadora conforme suas exigências. E ainda, há cerca de três anos, a previsão da montadora era de atingir 5 milhões de unidades entregues no Brasil por ano, e que isso demandou gastos em melhoria dos equipamentos. Porém, como entrou nessa crise, estão com aproximadamente 1.500 cavalos e carretas parados.
No ano passado, a categoria fez greve por cinco dias pelo mesmo motivo. Oficialmente, a multinacional alemã nunca confirmou que pretendia colocar a Júlio Simões como prestadora do serviço de entrega dos veículos. Dizia apenas que “está (estava) realizando uma ação regular, que serve para a verificação e análise do posicionamento de preços de um serviço dentre as opções disponíveis no mercado”. A Volkswagen foi procurada ontem, mas não se manifestou.

