O vereador Marcos da Farmácia (PSB), de Santo André, apresentou um projeto de lei que propõe a obrigatoriedade de os cinemas da cidade oferecerem, no mínimo, uma sessão mensal adaptada para pessoas com TEA – Transtorno do Espectro Autista. A iniciativa, que tem como objetivo ampliar o acesso à cultura, atende uma demanda crescente por inclusão e respeito às particularidades sensoriais do público autista.
Além disso, o parlamentar ressalta que o cinema, como espaço de lazer e convivência, deve estar preparado para acolher todos os cidadãos. Nesse sentido, ele destaca que muitos ambientes culturais ainda não consideram os desafios enfrentados pelas pessoas com TEA. “O acesso à cultura, como o cinema, é um direito de todos os cidadãos, e as pessoas com TEA – Transtorno do Espectro Autista não devem ser excluídas dessa vivência”, afirmou.
Contudo, Marcos lembra que as salas de cinema convencionais frequentemente apresentam estímulos sensoriais que podem causar desconforto ou até sofrimento às pessoas com autismo, como sons em volume elevado, escuridão total e luzes intensas. Em outras palavras, esses ambientes acabam se tornando barreiras para o pleno exercício da cidadania cultural por parte de quem possui hipersensibilidade sensorial.
Ainda mais importante, o projeto propõe que essas sessões adaptadas incluam ajustes como redução de som e iluminação, liberdade para o público circular ou se expressar durante o filme, além de treinamento dos funcionários para acolhimento especializado. Do mesmo modo, o vereador defende que a proposta não seja tratada como ação pontual, mas como parte da rotina cultural de Santo André.
Apesar disso, o projeto ainda precisa passar pelas comissões da Câmara antes de ser votado em plenário. Porém, Marcos da Farmácia acredita que a iniciativa poderá transformar Santo André em referência em acessibilidade cultural. “Essa medida não só promove a inclusão das pessoas com TEA no cenário cultural de Santo André, mas também fortalece o compromisso da cidade com os direitos das pessoas com deficiência”, afirmou.
MARCOS FIDELIS