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Márcio Júnior propõe criação do Dia Municipal do Samba Rock em Diadema

Projeto de Lei homenageia a cultura paulistana nascida nos fundos de quintal, propõe a data de 31 de agosto como referência e resgata legado de Jackson do Pandeiro

O vereador Márcio Júnior – Podemos, apresentou na Câmara Municipal de Diadema um Projeto de Lei que propõe instituir o Dia Municipal do Samba Rock, a ser celebrado em 31 de agosto. A proposta busca valorizar uma expressão cultural nascida na periferia paulistana e reconhecida como genuinamente brasileira.

Além disso, o projeto presta homenagem ao cantor paraibano Jackson do Pandeiro, que foi o primeiro a usar o termo “Samba Rock” em rede nacional, em 1959, ao interpretar a música Chiclete com Banana. Para o vereador, a iniciativa é uma forma de “resgatar a memória da dança dos fundos de quintal, da periferia, do negro, valorizando e reconhecendo de forma concreta uma prática tradicional com mais de meio século”.

Ainda mais, o texto do projeto traz um resgate histórico detalhado sobre as origens do Samba Rock, destacando que o ritmo surgiu da fusão do samba com gêneros como jazz, soul e be-bop, influenciado por bailes populares da década de 1950. “O Samba Rock é um ritmo paulista que nasceu pela fusão do samba com ritmos americanos, como o be-bop, o jazz e o soul”, afirmou Márcio Júnior.

Nesse sentido, o vereador lembra que, nos anos 1950, o técnico em equipamentos sonoros Oswaldo Pereira — conhecido como “Seu Oswaldo” — levou às periferias a música antes restrita aos salões da elite, tornando-se o primeiro DJ do Brasil. A partir daí, bailes começaram a se multiplicar, e com eles, um novo estilo de dança nasceu.

Do mesmo modo, artistas como Luiz Vagner, Bebeto, Trio Mocotó, Jorge Benjor e o grupo Originais do Samba ajudaram a consolidar o gênero, que sofreu preconceito por ser associado à população negra e de baixa renda. Ainda assim, a cultura do Samba Rock resistiu ao tempo, sendo passada de geração em geração.

Contudo, a proposta de instituir a data comemorativa vai além da homenagem. Segundo o vereador, trata-se de uma política pública de valorização da identidade cultural. “Mais do que uma cultura, o Samba Rock é um estilo de vida. Dançar Samba Rock é saúde, é estímulo de vida, de amizade e de quebra de preconceito”, reforçou.

 

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