Editorial

Editorial – E a cidade?

 Como cansativa, exaustiva e insistentemente afirmamos, o representante é o alter ego do representado. É seu reflexo, feito à sua imagem e semelhança. Do mesmo modo, ilusão não depende senão do próprio indivíduo: “me engana que eu gosto!” – é o mantra perfeito para os que, depois de botarem políticos safados em cargos eletivos, dizem que foram “traídos”. 
Dizia o memorável filósofo popular Bezerra da Silva que “malandro é malandro, mané é mané”… e que “só tem malandro onde tem otário”, axiomas incontestáveis da equação social não apenas nas escolhas políticas. A celeuma crescente a uns 100 dias das eleições municipais nos 5.570 municípios brasileiros – cuja situação orçamentária está no bico do corvo graças à Era Perda Total – revela que, mesmo com as tetas da máquina pública murchando, ainda há muito a mamar. 

O cocho ainda segue farto. Daí a suruba política nestas eleições minoritárias. Observando o noticiário, indo a reuniões, ouvindo conversas de rua, raramente encontramos senão difamação, calúnia e injúria, um que outro projeto do estilo “ctrl+C, ctrl+V mal digerido e piormente apresentado. 

Egos, egos, egos… e os pamonhas, pamonhas, pamonhas entram em cena efusivos, ardentes, excitados e festeiros. A última coisa a entrar em pauta – e que seria decisiva para a escolha de vereadores e prefeitos em outubro – está ausente no circo orgástico: o futuro da cidade… 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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