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Trabalhadores do transporte no ABC rejeitam proposta e mantêm risco de greve

Categoria promete novas manifestações após assembleia desta quarta-feira (04), em Santo André, e ameaça paralisação total caso não haja avanço nas negociações

Trabalhadores dos sistemas de ônibus das sete cidades do ABC rejeitaram as contrapropostas apresentadas pelas empresas operadoras, na tarde de ontem. A decisão foi tomada durante assembleia realizada na sede do Sintetra – Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Anexos do ABC, localizada na Vila Assunção, em Santo André.

Além disso, logo após o término do encontro, os trabalhadores saíram em caminhada por vias movimentadas da cidade, como a Avenida Perimetral e o Centro de Santo André, levando faixas e palavras de ordem. Nesse sentido, o Terminal Santo André Oeste chegou a ser totalmente fechado como forma de pressionar as empresas.

Contudo, o impasse pode não culminar, ao menos por enquanto, em uma greve total. Isso porque as empresas e as prefeituras ainda serão notificadas oficialmente sobre a decisão da assembleia, e novas propostas podem ser apresentadas antes que a paralisação seja, de fato, deflagrada.

As viações tentaram avançar nas negociações oferecendo 6% de reajuste nos salários, além de 7% no Vale-Alimentação e 7% na PLR – Participação nos Lucros e Resultados. Apesar disso, a categoria considerou a proposta insuficiente.

Anteriormente, a proposta patronal era de 5,32%, correspondente ao INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, aplicado de forma linear tanto aos salários quanto aos benefícios. Ainda assim, os trabalhadores mantêm os pedidos iniciais, que incluem 5,32% de INPC mais 8% de aumento real, além de outras demandas como salário unificado entre motoristas de ônibus grandes e micrões, bem como maior valor no VA.

Do mesmo modo, também foi reivindicada a equiparação da PLR para motoristas de ônibus com e sem cobrador, algo que as empresas, até agora, não atenderam.

GREVE

Em carta aberta divulgada na tarde desta quarta, o Sintetra alertou a população sobre o risco iminente de paralisação total. Ou seja, caso não haja avanço nas negociações, a greve pode atingir tanto os sistemas municipais quanto os intermunicipais da região.

Juntamente com isso, o sindicato reforçou que segue aberto ao diálogo, mas cobrou das empresas uma postura mais flexível. Até uma nova assembleia, novas contrapropostas podem surgir e, consequentemente, evitar uma paralisação geral.

Apesar de a região ser interligada, cada uma das sete cidades do ABC possui um modelo de operação diferente. Por exemplo, em São Caetano do Sul, a tarifa é zero e o transporte é 100% bancado pela prefeitura. Contudo, nas demais cidades, o modelo é composto por tarifa paga pelos passageiros somada a subsídios parciais dos governos locais.

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