Editorial

Editorial – Irrecicláveis

 “… estão pedindo a prisão da lata mas esqueceram de prender o lixo!”  Essa frase lapidar, do performático Senador Magno Malta, referiu-se à celeuma causada pelo insondável Procurador Geral da República Rodrigo Janot ao pedir, de cambulhada, a prisão dos chamados Quatro Cavaleiros do Apocalipse: Sarney, Renan, Cunha e Jucá, mas, não a de Lula, Dilma, Mercadante e sicários.  
A batata quente, já dissemos, foi parar no colo do indecifrável Ministro do STF Teori Zavascki que, precavido, por certo a transferirá ao colegiado do STF, mas, sem prazos para a decisão. O jogo que se joga nos aterros sanitários de Brasília cabe na diatribe de Malta com precisão milimétrica. Poucos e raríssimos são os que possuem capivara limpa. A imensa maioria as tem mais sujas que pau de galinheiro.  

Em seus primeiros dias de governo, o presidente interino Michel Temer foi pontual na escolha dos ministros da área econômica, porém, andou e desandou feito barata tonta nas trombadas com a casta política. Ela não entendeu, ainda e apesar do desgaste horroroso para seu prestígio, que está com o seu na reta como um todo, ao ponto de que chamar alguém de político ser, hoje, ofensa grave. 
O gesto de Janot – responsável pela fatia dos “intocáveis” da Lava-Jato – é realmente como se os lixeiros deixassem o lixo na rua, levando em contrapartida as latas no caminhão. Talvez, por ser ele irreciclável.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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