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ITORORÓ AGUAS QUE CANTAM BECOS

Coletivo Sementes, formado por jovens artistas e trabalhadores periféricos, migrantes de diversas regiões do Estado de São Paulo e do país, apresenta

Apresentações Gratuitas 14 de maio | Quilombaque, às 19h

ITORORÓ – AGUAS QUE CANTAM BECOS é o segundo projeto do Coletivo Sementes, grupo que surgiu no cenário teatral com a peça “Querem nos Enterrar, mas Somos Sementes!” que descortina a realidade do estado de guerra em que vivemos. O coletivo é formado por jovens artistas e trabalhadores periféricos, migrantes de diversas regiões do Estado de São Paulo e do país.

Neste novo projeto o Coletivo discute a luta por moradia a partir da obra Becos da Memória, de Conceição Evaristo, do intercâmbio com a residência artística na Vila Itororó, das memórias vividas pelas pessoas que moravam na Via, de estudos sobre a cultura do jongo e do samba de roda.

ITORORÓ – AGUAS QUE CANTAM BECOS conta a história de um viajante, movido pelas águas do seu ouvido, que percorre as raízes da árvore sagrada do tempo em busca da fonte do rio Itororó, que secou. Lá todo fim de tarde as águas se encontram, revoltam e decidem um novo destino. Para lá vão às lembranças de gente que busca um longo amor, um teto e um chão que nunca fosse. Lá morada da flor favela, morada da luta canudos, morada de Iroko. Lugar de gente que busca, que fez tanto, faz e ainda tem feito. Lá tudo se inunda no fim da tarde e de tudo acontece.

O espetáculo estreia no dia 26 de abril, no Galpão Cultural Elza Soares, e circula pelas várias regiões da cidade de São Paulo, sempre com apresentações gratuitas.

Coletivo Sementes apresenta

ITORORÓ

AGUAS QUE CANTAM BECOS

Dramaturgia: Lucas Moura da Conceição

Direção: Tatah Cardozo

Direção Musical: Luciano Mendes de Jesus

Elenco: Gleicy Siqueira, João Prado, Kinda Marques, Luana Suzan, Rudá Oliveira, Tatah Cardozo e Thiely Volga

Gênero: Drama

Duração: 75 minutos

Classificação: livre

Agenda

26 de abril | Galpão Cultural Elza Soares, às 17h

Alameda Eduardo Prado, 474 – Campos Elíseos

29 e 30 de abril | CC Grajaú, às 19h

  1. Prof. Oscar Barreto Filho, 252 – Parque America,

4 de maio | Ocupação 9 de Julho, às 14h30

Rua Álvaro de Carvalho, 427 – Bela Vista

6 e 13 de maio | Céu São Miguel Paulista, às 19h

  1. José Ferreira Crespo, 475 – Jardim São Vicente

14 de maio | Quilombaque, às 19h

Av. Cambaratiba, 05 – Perus

Ficha Técnica

Dramaturgia: Lucas Moura da Conceição

Direção: Tatah Cardozo

Direção Musical: Luciano Mendes de Jesus

Elenco: Gleicy Siqueira, João Prado, Kinda Marques, Luana Suzan, Rudá Oliveira, Tatah Cardozo e Thiely Volga

Preparação Vocal e Corporal: Hianna Camila

Iluminação e Operador de Luz: Fagner Lourenço

Técnica de Som: Samara Neves

Figurino: Awa Guimarães e Sofia Colle

Cenografia: Thiago Vaz

Designer Gráfico: João Prado

Social Media: Thiely Volga

Sobre o Coletivo Sementes

 

O Coletivo Sementes é formado por jovens artistas e trabalhadores periféricos, migrantes de diversas regiões do Estado de São Paulo e do país. Viemos para a capital em busca de trabalho e para estudar teatro. Nos conhecemos no Teatro Escola Macunaíma, onde parte de nós se formou no final de 2017. Nosso primeiro exercício-cênico, fruto de um dos processos de criação na escola, foi “Querem nos Enterrar, mas Somos Sementes!” com direção pedagógica de Camila Andrade. O exercício-cênico foi criado a partir de pesquisas sobre o Movimento Mães de Maio e da obra “A Palavra Progresso na Boca de Minha Mãe Soava Terrivelmente Falsa” do escritor romeno Matéi Visnièc.

Esse foi um processo que rompeu muitas barreiras e que nos fez olhar o mundo com outros olhos. Criamos então o Coletivo Sementes, fruto de um grito abafado que soltamos ao compartilhar nosso trabalho com o público. Acreditamos na força de transformação que este espetáculo tem, pois descortina a realidade do estado de guerra em que vivemos. Fomos muito incentivados por pessoas que assistiram o exercício-cênico a continuar com o trabalho e fazer ecoar nossa voz, e assim estamos fazendo.

Com este espetáculo, apresentamos na 85ª Mostra do Teatro Escola Macunaíma (2016), Semana de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Unesp (2016) e no Circuito Macu (2017). Ainda em 2017, fomos convidades a apresentar em São José dos Campos na 4a edição do Agosto Popular de Teatro no Centro de Artes Cênicas Walmor Chagas. Em 2018, apresentamos em Mogi das Cruzes no Galpão Arthur Netto e, a partir de um convite do SESC Vila Mariana, no Festival #COLAQUI, uma mostra jovem de artes que reúne tanto grupos em processo de profissionalização quanto jovens que se arriscam em suas primeiras exposições artísticas. Em 2019, nos apresentamos no Festival Opereta em Poá e neste mesmo ano fomos contemplados pelo Programa VAI/2019 Modalidade 1. Tivemos a oportunidade de reestruturar o espetáculo “Querem nos Enterrar, mas Somos Sementes!” e fomos selecionados para participar do Festival do VAI, que ocorreu em dezembro de 2019 no CCSP. Iniciamos a circulação do projeto em 2020, mas com a paralisação das Casas e Centros Culturais por conta da pandemia de Covid-19, tivemos que finalizar o nosso projeto de maneira online, onde produzimos vídeos a partir dos temas do espetáculo e divulgamos nas redes sociais. Também realizamos lives com convidades representantes de movimentos sociais, como Kâe Guajajara, Levi Kaíque, Regina Célia, que é co-fundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha, e Débora Silva, fundadora do Movimento Mães de Maio. Ainda em 2020, em parceria com a Calle – Bienal del Performance, encontro entre artistas de performance realizado a cada dois anos na Bolívia, produzimos o vídeo “MUJERES SEMILLAS! Participamos da 11a edição do Festival Internacional Grito de Mujer – Guerreras, la violencia no está en cuarentena” – de Santo Domingo, na República Dominicana. Participamos também da 4º Ocupação Online: Resistência em Rede, do coletivo Ato de Resistência, com o vídeo “Mulheres Sementes!”.

Em 2020, fomos contemplados com a modalidade 2 do mesmo Programa VAI com o projeto Raízes – Não Se Esqueça: Corta Uma Que Aparecem Mais Duas Cabeças!. Nesse projeto, já em 2021, ministramos oficinas artísticas gratuitas de teatro, dança, música e slam/inglês para jovens de todo o Brasil. Para aprofundar as pesquisas com esses jovens, introduzimos o estudo do conto “A gente combinamos de não morrer” da Conceição Evaristo, que resultou em experimentos artísticos que foram compartilhados em um sarau, Sarau Sementes, que realizamos no fim dessas oficinas. Juntamente com as aulas, realizamos um mini documentário abordando as vivências e anseios das pessoas participantes.

Também em 2021, fomos convidades a participar da Live “Protagonismo jovem em cena: coletivos de teatro” do SESC Bom Retiro para compartilhar os processos de fundação do coletivo e de criação de espetáculo como um grupo formado por jovens. Fomos convidades também a participar da programação do SESC Pinheiros para compartilhar nosso processo de criação na atividade com o título “O luto e a luta no processo de criação do Coletivo Sementes a partir da obra de Matéi Visniec e do Movimento Mães de Maio”.

Em 2022, fomos convidades pelo SESC Bom Retiro e por Camila Andrade para partilhar nossas experiências como jovens artistas na oficina de iniciação teatral para jovens, intitulada Teatro como semente para novos tempos que teve duração de três meses. Ainda em 2022, fomos contemplados com a 15ª Edição do Prêmio Zé Renato para circulação do espetáculo “Querem nos Enterrar, mas Somos Sementes!”, e com o PROAC Expresso no 47, com o projeto “Beco Itororó”, que consiste na criação de um espetáculo inédito sobre a luta por moradia a partir da obra Becos da Memória de Conceição Evaristo, do intercâmbio com a residência artística na Vila Itororó e das memórias vividas pelas pessoas que moravam na Vila. O espetáculo tem estreia prevista para outubro de 2023 na Vila Itororó.

Dentro da parceira com a rede Warmi Sankofa Ayni, em 2022, criamos o projeto O que em mim ficou – Histórias de vô e de vó, projeto de contação de histórias voltado para crianças e famílias, fruto do desejo de refletir sobre a necessidade de olhar para o passado para compreender o presente e vislumbrar o futuro, a partir das histórias vividas e contadas por e com nossos avôs e avós.

Durante o ano de 2023, contemplados com a 15ª Edição do Prêmio Zé Renato realizamos a circulação do espetáculo “Querem nos Enterrar, mas Somos Sementes!”, e com o PROAC Expresso nº 47, com o projeto “Beco Itororó”, onde iniciamos a pesquisa, com a orientação de Camila Andrade, do que viria a se tornar em 2025 o espetáculo “Itororó, águas que cantam becos”, que fala sobre a luta por moradia a partir da obra Becos da Memória de Conceição Evaristo, do intercâmbio com a residência artística Warmi Sankofa Ayni na Vila Itororó e das memórias vividas pelas pessoas que moravam na Vila. Neste projeto, tivemos a presença de Conceição Evaristo em uma de nossas rodas de conversa pós abertura de processo.

Agora em 2025, contemplados com o Programa Vai – Modalidade 2, aprofundamos nosso trabalho de pesquisa através do projeto “Um teto e um chão: sementes para um grande quilombo urbano”, nos debruçamos também em estudos sobre a cultura do jongo e do samba de roda no estado de São Paulo e faremos a circulação da nova versão do espetáculo “Itororó, águas que cantam becos”, com direção de Tatah Cardozo.

Redes Sociais

Instagram: @coletivo.sementes

Youtube Coletivo Sementes

https://www.youtube.com/@coletivosementes

Facebook Coletivo Sementes

https://facebook.com/coletivosementessp

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