Editorial

Editorial – Secaram as torneiras?

 A campanha eleitoral de 2016 deve ser marcada pela penúria de recursos, graças à combinação de fatores como a crise econômica, a proibição de doações de empresas e o impacto da Operação Lava Jato. Para político e marqueteiros, a previsão de cortes drásticos de custos representa o colapso de um modelo de “mercado” que cresceu ostensivamente nas últimas três décadas.
Nas eleições municipais de 2012, quase 80% dos gastos foram financiados por empresas. Elas eram também responsáveis por doações significativas aos partidos em anos não eleitorais, mas essa fonte secou mesmo antes da proibição do financiamento empresarial, determinada pelo Supremo Tribunal Federal e acolhida pelo Congresso no fim do ano passado” (Estadão – 12/06/16). 

Seja como for, ainda rolará muito dinheiro inexplícito nos famosos caixas 2, 3 e outros, impossíveis de controlar pois, mesmo que declarados, não haverá a busca das origens dos recursos, ainda mais em eleições pulverizadas como as municipais. Inclua-se, no cardápio, a “venda de candidaturas”: o sujeito recebe alguns milhões para não candidatar-se e favorecer, com isso, fulanos e beltranos. 

Tais fatos evidenciam-se pela proliferação assombrosa de candidatos. Como não são malucos a ponto de rasgarem dinheiro, o negócio ainda deve ser muito lucrativo – em que pesem as atuais restrições – antes, durante e depois das eleições. É por aí…
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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