A saúde mental ganhou protagonismo na Câmara Municipal de Santo André nesta semana com a aprovação do projeto de lei do vereador William Lago – PL, que institui o “Maio Roxo” como o Mês de Conscientização sobre o TPB – Transtorno de Personalidade Borderline. Além disso, a proposta recebe o nome de “Lei Mariana Frizanco”, em homenagem à jovem andreense cuja trajetória de luta e superação diante do transtorno sensibilizou toda a cidade.
Nesse sentido, o vereador destacou a importância da medida como um passo essencial para dar visibilidade à causa e combater o estigma em torno da condição. “O presente Projeto de Lei visa não apenas a conscientização e o apoio ao Transtorno de Personalidade Borderline, mas também prestar uma homenagem à jovem Mariana Frizanco, cuja história de superação deve servir de exemplo e inspiração para todos nós”, afirmou William Lago.
Contudo, o projeto vai além da homenagem e busca chamar a atenção da sociedade para os desafios enfrentados por quem convive com o TPB — uma condição psiquiátrica marcada por instabilidade emocional, impulsividade e dificuldades nas relações interpessoais. “Infelizmente, a experiência de Mariana com o TPB foi interrompida de maneira precoce e trágica, mas sua memória permanece viva no coração de todos que a conheceram”, disse o vereador.
Ainda mais, o Maio Roxo pretende atuar como um instrumento de educação pública. A proposta visa promover a compreensão, estimular o diagnóstico precoce e fomentar o acesso ao tratamento adequado, contribuindo para a redução dos riscos associados ao transtorno, como o suicídio e a automutilação. “O objetivo é fomentar a educação, reduzir o estigma e aumentar a compreensão sobre o TPB, que afeta cerca de 6% da população brasileira, muitas vezes sem o diagnóstico adequado”, completou William.
Do mesmo modo, o parlamentar destacou o papel da mãe de Mariana, Mary Lopes, que vem atuando como uma das principais vozes na luta por mais informação e apoio sobre o transtorno. Ela é autora do livro “Vivendo na Borda – A realidade do Transtorno de Personalidade Borderline”, onde compartilha, com coragem, a vivência da filha. “Mariana se dedicou a compartilhar sua experiência de maneira sensível. Sua mãe tem sido uma incansável defensora da causa”, reconheceu o vereador.
Ou seja, a proposta legislativa não apenas resgata a memória de Mariana, mas também assume um compromisso com todas as pessoas que sofrem em silêncio. “A ‘Lei Mariana Frizanco’ busca criar um espaço de reflexão e ação sobre a saúde mental, especialmente no que diz respeito ao TPB”, explicou William.