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Sindicato dos Vigilantes de São Bernardo realiza protesto após agressão racista a trabalhadora

Manifestação ocorreu em frente à agência do Itaú na Marechal Deodoro; presidente do sindicato criticou falta de acolhimento à vítima e cobrou mudanças nas posturas das empresas

O SINDVIGSBC – Sindicato dos Vigilantes de São Bernardo do Campo, na última quinta-feira (10), promoveu um ato em frente à agência do banco Itaú, localizada na rua Marechal Deodoro. O protesto foi motivado por um caso de agressão racista sofrida por uma vigilante que prestava serviço no local.

 

Durante a manifestação, o presidente do sindicato, Jorge Francisco da Silva, fez um discurso contundente, no qual classificou o preconceito como um mal nascido de um “vírus da imbecilidade”. De acordo com ele, esse vírus se origina “no embrião da ignorância e da falta de conhecimento” e, por isso, deve ser combatido com firmeza por toda a sociedade.

 

Além disso, Jorge relatou a situação vivida pela trabalhadora, que, mesmo após sofrer a agressão verbal, foi obrigada a permanecer armada na agência até por volta das 17h30, aguardando a rendição. “Ela ficou desde quase 13h até cinco e meia esperando. A gerente pediu a rendição para a empresa, e a empresa também entendeu que ela deveria aguardar. Isso é um absurdo”, declarou.

 

Para o dirigente sindical, a gravidade do ocorrido não foi tratada com a devida sensibilidade. “Se fosse um vigilante que tivesse levado um tiro e estivesse sangrando, certamente teria sido socorrido imediatamente. No caso dessa moça, ela levou um tiro na alma. A alma dela estava sangrando. Como puderam deixá-la ali, armada, em estado de choque, até quase às 18 horas? Ela poderia ter feito uma besteira”, desabafou.

 

Em seguida, Jorge orientou os vigilantes presentes a sempre exigirem acompanhamento ao plantão policial em casos semelhantes. “Se acontecer com vocês ou com algum colega, peçam para ir ao distrito policial e façam o boletim de ocorrência junto com o agressor. Na minha opinião, esse tipo de agressor tem que sair algemado”, afirmou.

 

Por fim, o presidente do SINDVIGSBC reforçou que é necessário que bancos e empresas adotem protocolos claros para dar suporte imediato às vítimas. “Espero que, futuramente, essas situações sejam tratadas com a seriedade que merecem. Não se pode deixar um trabalhador aguardando rendição após um trauma. A prioridade deve ser garantir toda a assistência, inclusive para que ele vá ao plantão policial e registre a denúncia”, concluiu.

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