Editorial

Editorial – Situação Indigesta

 A crise estrutural que vemos atinge diretamente os municípios. É neles que a vida acontece. O Estado e os estados nada mais são que entidades abstratas que vivem e sobrevivem graças aos munícipes e suas atividades econômicas, suas relações sociais e culturais. 
No Brasil estamos sob um presidencialismo autoritário que comanda o Estado e os estados e, ambos, retiram das cidades o devido e o indevido, alheios às consequências que transferem para os “cidadãos comuns”. O que importa, aos detentores federais e estaduais do poder, é a manutenção de máquinas administrativas superdimensionadas deficientes e plenas de benesses. 

Não têm, senão indiretamente, que dar a cara a tapa ou, ao menos, botá-la na rua diariamente como ocorre – ou deveria acontecer – com os prefeitos e vereadores. O sistema eleitoral de coligações, misturando gato e sapato, bota maiormente nos legislativos figuras inexpressivas e incompetentes que, via de regra, só aparecem festeiras nas eleições respectivas. E vale tudo na disputa. 

Não pode dar certo. Está tudo errado! A situação indigesta em que nos meteram na última década e pouco destroçou estruturalmente o país, com carga máxima sobre os municípios e as pessoas que neles vivem. Sem profunda reforma política que dê ao município autonomia e sem escolha responsável de representantes após, seguiremos indefinidamente tendo de engolir mais do mesmo.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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