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Sabesp faz 7 mil novas ligações de água e beneficia 25 mil pessoas em áreas informais de São Bernardo

  No intuito de coibir  “gatos” na rede de água em toda Grande São Paulo, a Sabesp ampliou sua frente ofensiva para instalar novas redes em imóveis construídos em áreas de ocupação informal. A operação visa garantir água de qualidade para moradores que não contam com ligação regular de água e também pretende diminuir perdas com vazamentos, já que as mangueiras puxadas para levar a água até esses imóveis costumam sofrer com furos constantes, que podem inclusive permitir a entrada de sujeira.
Somente em São Bernardo cerca de 25 mil pessoas serão beneficiadas com a instalação de sete mil novas ligações de água. A iniciativa vai evitar a perda de aproximadamente 81 milhões de litros por mês no município. A ação está focada em 15 localidades consideradas de alta vulnerabilidade. As obras tiveram início em março, com previsão de conclusão em 12 meses.
 SOCIAL
Todos os clientes que forem conectados às novas ligações de água da Sabesp serão incluídos na tarifa social, que tem valor mínimo de R$ 7 para imóveis com consumo de até 10 metros cúbicos mensais, ou 33% da tarifa normal. A Sabesp, no entanto, projeta ampliar o alcance da regularização para 160 mil imóveis instalados em áreas informais.

“Os benefícios para os moradores estão na melhoria da saúde, com a garantia de fornecimento de água de qualidade e na cidadania, já que eles passam a ter um comprovante de endereço, podendo matricular os filhos na escola, por exemplo. Para a sociedade como um todo, o ganho ocorre com a diminuição dos vazamentos numa área onde antes não era possível fazer a ligação”, explica o presidente da Sabesp, Jerson Kelman.

A operação baseia-se em um modelo inovador de licitação, o contrato de performance. A empresa vencedora do certame implanta a infraestrutura de abastecimento por conta própria e é remunerada pelo volume de água que deixa de ser perdido. Ou seja, a contratada instala as redes, ligações, caixas de medição e hidrômetros em todo o bairro, mas só recebe da Sabesp quando os moradores se conectam à rede. Estimativas da Companhia indicam que com a legalização das instalações de água deixarão de ser perdidos mensalmente até 3,3 bilhões de litros. Desse volume, metade deixará de vazar pelas mangueiras improvisadas, volume su-ficiente para abastecer 150 mil imóveis – mais do que a população de cidades como Mauá, Santos ou São José do Rio Preto. Além disso, outros 1,65 bilhão de litros mensais passarão a ser recuperados também pela Sabesp em perdas aparentes, já que hoje a água consumida nas moradias informais não é faturada.
 PESQUISA
Estudo realizado pe-lo Instituto Trata Brasil indica que os vazamentos existentes nas áreas informais provocam diminuição na pressão da água na rede oficial, afetando o abastecimento regular em bairros vizinhos. O levantamento, chamado de “Saneamento Básico em Áreas Irregulares no Estado de São Paulo”, mostra que 14,9% da população da Capital Paulista vivem nessas moradias.
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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