Em um mundo baseado no capitalismo, costuma-se valer mais aquilo que se tem, do que aquilo que se é. No entanto, relações conjugais vividas por essa premissa estão fadadas ao fracasso e até mesmo ao abuso psicológico e patrimonial. A dependência financeira afeta a vida de muitas famílias, em especial das mulheres. E a disparidade financeira é a causa de muitos términos conjugais.
No cotidiano do início do relacionamento onde tudo são flores e as diferenças são minimizadas, no final, resplandecem de forma gritante. A mulher segura e independente, após o casamento, se torna uma ameaça.
O homem que antes se mostrava provedor, ao ponto da mulher se afastar do mercado de trabalho para se dedicar as demandas da família e do lar, se torna soberbo e individualista. O casal que nas redes sociais ostentam viagens, em um quarto de hotel vivem ofensas e até mesmo agressões físicas. Por isso, há o seguinte ditado popular: uma cabana onde se ri vale mais que um palácio onde se chora (autoria desconhecida). É claro que a estabilidade e segurança financeira são importantes para um relacionamento, mas não podem ser a base da relação.
As questões patrimoniais devem ser feitas com orientação e embasamento jurídico para que no futuro, em caso de dissolução conjugal, ambas as partes tenham segurança e estabilidade para seguir solo, caso seja necessário. Os infortúnios da dependência financeira podem ser previstos por meio de um pacto antenupcial, a começar pela escolha do regime de bens e principalmente pela previsão expressa de alimentos compensatórios e até mesmo indenização ao outro cônjuge em caso do divórcio. Para saber mais, consulte um advogado especialista em direito de família e sucessões.