Cunha ficava com 80% das propinas pagas em esquema no FI-FGTS
Segundo informação da Revista Época, publicada ontem, os desvios destinados ao parlamentar peemedebista podem passar dos R$ 30 milhões.
Ontem, policiais federais realizaram buscas em bases de operações de grandes empresas acusadas de pagar propinas a Cunha. Entre elas, a Eldorado Celulose, do grupo J&F, conhecida pela marca JBS e o frigorífico Friboi. Cleto, segundo sua delação, operava o esquema a mando de Cunha e do doleiro Lúcio Funaro, preso na Operação Sépsis deflagrada ontem.
Divisão
Ainda segundo o ex-dirigente do banco, as propinas eram divididas da seguinte forma: 80% eram repassados para Cunha, 12% ficavam com Lúcio Funaro, 4% eram destinados para ele e outros 4% repassados ao empresário Alexandre Margotto.
Cunha negou, por meio de nota, ter combinado ou recebido qualquer vantagem indevida. “Desconheço o conteúdo da delação, porém quero desmentir com veemência os supostos fatos divulgados e desafio a provarem”.