Certa vez vimos, numa escolinha infantil, um fenômeno raro: havia imenso pátio de concreto, porém, a maioria da criançada brincava e se divertia numa minúscula área com grama e uma arvorezinha no meio. Em outra houve baita berreiro pois um menininho queria, porque queria, levar para casa uma joaninha e uma minhoca encontradas num belo vaso de coqueirinhos. Basta vermos que as pessoas vão passear em bosques e praças arborizadas, nunca em áreas concretadas e áridas, como as de trânsito intenso. A ninguém ocorreria levar a família, seus pets ou namorar na Avenida dos Estados, por certo. O que dá vida a qualquer ambiente é a vegetação. Cidades e locais que dela carecem degradam-se, tornando-se cada vez mais inóspitos, desagradáveis e mesmo inabitáveis. Parques, jardins, ruas e praças têm, necessariamente, de contar com paisagismo equilibrado e coerente com as características ambientais e climáticas regionais, pois raramente espécimes impostos – quase sempre por motivos comerciais e desleixo do poder público – prosperam, podendo transformarem-se em problemas, via de regra. Assim como um jardim de uma residência revela a índole de seus moradores, a preservação e adequação das áreas verdes fala muito sobre a qualidade da administração de uma cidade. Prefeitos que delas não cuidem não merecem estar no cargo. Dá trabalho? Claro que sim! Mas, não estão lá exatamente para trabalhar?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.