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São Paulo investe R$ 32 milhões em novo centro para produção de hidrogênio verde

Unidade vai desenvolver processos de produção, armazenamento, transporte, distribuição e uso do produto; ação integra pacote de iniciativas de energia limpa

O Governo de São Paulo lançou o CCD – Centro de Ciências para o Desenvolvimento de Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro, com o objetivo de impulsionar o uso de hidrogênio de baixo carbono e enfrentar as mudanças climáticas. Localizado no IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o CCD é uma iniciativa pioneira na promoção de energias limpas, buscando descarbonizar a economia e reduzir emissões de GEE – Gases de Efeito Estufa.

Além disso, o projeto conta com R$ 32 milhões em investimentos. Desses, R$ 9 milhões são da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, R$ 11 milhões do IPT e da Semil – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, além de R$ 12 milhões da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Esses recursos serão destinados a infraestrutura, equipamentos, pesquisa e treinamento.

O CCD, coordenado pelo IPT, conta com suporte técnico da Semil, que considera o centro estratégico para o avanço da sustentabilidade. Nesse contexto, a subsecretária de Energia e Mineração da Semil, Marisa Barros, destacou: “Estamos em um momento crucial para investir em tecnologias que serão essenciais para alcançar a neutralidade de carbono. Este projeto constrói as bases para um futuro mais limpo e seguro”.

 

Hidrogênio e biometano

 

O hidrogênio de baixo carbono, foco central do CCD, é considerado essencial para atender às metas de descarbonização. Contudo, o biometano, outro combustível renovável, também tem ganhado espaço. Um estudo realizado pelo governo em parceria com a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo identificou o grande potencial do estado na cadeia produtiva desse gás. Segundo o levantamento, o setor pode gerar mais de 20 mil empregos e contribuir de forma significativa para a redução de emissões de GEE.

A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo tem trabalhado para facilitar o licenciamento de plantas de biocombustíveis, garantindo agilidade nos processos. “Estamos padronizando e acelerando as licenças para produção de energia limpa, alinhando-nos às metas de descarbonização”, afirmou Thomaz Toledo, diretor-presidente da CETESB.

 

Exemplos

 

Entre as iniciativas já em andamento, destaca-se a inauguração de uma usina de biometano em Caieiras, que ocorreu em 6 de novembro. Com capacidade para produzir 70 mil m³/dia do combustível, a planta, localizada em um dos maiores aterros sanitários do mundo, processa resíduos sólidos e evita a emissão de 300 mil toneladas de CO₂ por ano.

Outro marco importante é a nova fábrica da Toyota em Sorocaba, cuja construção começou em outubro. Com terreno de 400 mil m², a unidade produzirá veículos híbridos flex e gerará cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos. A fábrica faz parte dos R$ 11 bilhões que a empresa investirá no Brasil até 2030, incentivada pelo programa Pró Veículo Verde, que promove o desenvolvimento de veículos menos poluentes.

Além disso, em 6 de dezembro, será iniciada em Cubatão a produção de amônia renovável pela Yara, empresa líder em nutrição de plantas. Utilizando biometano, a iniciativa é mais um exemplo do avanço de São Paulo na transição energética.

 

Perspectiva

 

Para a secretária de Meio Ambiente, Natália Resende, São Paulo está na vanguarda da descarbonização. “Estamos investindo e buscando parcerias para acelerar a transição energética. Projetos como a ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná e as novas embarcações sustentáveis para o sistema de Travessias Litorâneas mostram nosso compromisso com a sustentabilidade”, afirmou.

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