O vereador Josa Queiroz – PT, atual líder do governo José de Filippi Jr. – PT, na Câmara de Diadema, abordou o cenário político da Casa e a questão da presidência, destacando as expectativas e desafios trazidos pela renovação parlamentar. Com sete novos vereadores assumindo neste mandato, Josa ressaltou que a renovação – de cerca de 35 a 40% – já era esperada e está de acordo com a média histórica da cidade.
“Tivemos uma renovação que representa bem o histórico dos últimos anos”, afirmou. Contudo, ele enfatizou que essa mudança deve ir além dos números, trazendo qualificação e valor para o trabalho legislativo.
Além disso, Josa demonstrou otimismo em relação às novas perspectivas que os recém-eleitos podem oferecer à Câmara. “Dos novos eleitos, nenhum já participou de legislaturas anteriores”, observou. Em outras palavras, essa composição inédita representa uma oportunidade para que novas ideias, posturas e posicionamentos contribuam positivamente para a dinâmica legislativa, complementando a experiência dos parlamentares que deixam a Casa.
Em relação à composição da mesa diretora, Josa destacou a importância do papel da maior bancada, composta pelo PT e pela Federação, com cinco e sete membros respectivamente. Segundo ele, “a maior bancada, que possui cinco votos na casa, é claro que ela não pode abrir mão de indicar um nome para a presidência”. Ele explicou que a Federação não é apenas uma coligação simples, mas uma instituição com normas próprias e um estatuto que vincula seus membros até 2026.
Apesar disso, Josa apontou que, nos bastidores, houve uma certa pressa em iniciar as negociações para a composição da mesa. Ele ponderou que a formação da maioria na Câmara deve ocorrer com base em diálogo e compreensão mútua, e não apenas na contagem de votos. “A eleição da Mesa se decide no dia, não na véspera”, afirmou Josa, lembrando que a política na Câmara de Diadema tradicionalmente se baseia em consenso. Como exemplo, ele mencionou sua própria eleição em 2020 e a de Orlando Vitoriano em 2023, ambas ocorrendo por unanimidade e sem interferência do governo.
Por fim, o vereador reforçou a importância de que o interesse coletivo prevaleça sobre os objetivos individuais, favorecendo uma política de amadurecimento e cooperação. “Há uma tendência de que a maturidade política prevaleça sobre interesses individuais”, destacou. Para ele, o processo de composição da mesa diretora deve ser guiado por uma visão de consenso e entendimento entre as forças políticas, para que a Câmara de Diadema possa, assim, representar de forma plena os interesses da população.