Nos bastidores políticos de Diadema, as movimentações apontam que o ex-prefeito Lauro Michels – PV, está cada vez mais próximo do PT – Partido dos Trabalhadores. Além disso, rumores indicam que Michels tem atuado como apoiador do atual prefeito e candidato à reeleição, José de Filippi – PT.
O vínculo entre os dois partidos foi fortalecido por Caroline Alves Rocha, esposa de Lauro Michels e delegada do PV, partido que indicou o pastor Rubens Cavalcanti como vice na chapa de Filippi. A indicação, porém, gerou críticas severas por parte da ala evangélica, inclusive dentro da própria denominação religiosa de Cavalcanti.
Ideologia
Ainda mais, essa aliança com um partido de esquerda foi mal vista por muitos religiosos, reavivando debates em torno de um projeto de Filippi para a primeira infância, que abordava questões relacionadas à identidade de gênero. O projeto, que causou grande polêmica, foi retirado após pressão dos evangélicos, mas seus resquícios ainda afetam as decisões atuais.
Relação
Em meados de abril, o ex-prefeito já havia mencionado, em entrevista ao REPÓRTER, que era um ouvinte contumaz. Na ocasião, ele afirmou: “Estou escutando o cenário político, hoje faço parte da federação, e tenho sido procurado”.
Contudo, Lauro declarou que não seria pré-candidato naquele momento, deixando em aberto suas intenções.
Apoio
Além disso, Lauro Michels tem uma longa trajetória no Partido Verde, sendo um dos principais nomes da sigla. Um de seus maiores apoios políticos sempre foi a ex-vereadora e ex-deputada Regina Gonçalves, também do PV. Regina, por sua vez, ficou conhecida por prometer a chegada do metrô em Diadema, um projeto que nunca se concretizou, mas que marcou sua carreira política.
Apesar da proximidade entre Michels e o PT, é importante lembrar que sua gestão à frente da prefeitura foi marcada por altos índices de desaprovação popular. Agora, ao lado de Filippi, especula-se que sua influência pode ser determinante nas estratégias para a reeleição do petista.
Outro lado
Procurado pelo REPÓRTER, Lauro, quando questionado sobre seu posicionamento dentro do PV respondeu: “Se não fosse partido, ele se chamaria ‘unido’. E o que acontece é o seguinte: eu sou grato ao PV, porque foi o partido que me deu a oportunidade de ser candidato a prefeito. Eu tentei ser candidato pelo PSDB, mas não consegui, e acabei sendo expulso justamente por essa tentativa. Nesse momento, o PV me acolheu quando eu mais precisava. No entanto, eu não concordo com algumas decisões que foram tomadas, e é só isso, ponto.”
Além disso, Michels destacou a importância de sua trajetória dentro do partido: “Nós fazemos parte dos quadros no partido porque tivemos um papel relevante. Somos gratos ao partido, mas isso não significa que vamos seguir tudo o que o partido quer. Neste momento, nossa prioridade é cuidar de nossas famílias.”