O impeachment, ópera bufa da pior qualidade de forma e conteúdo nunca dantes vistos na história deste ou qualquer país, chega aos estertores finais. A quase ex-presidente nada acrescentou em sua defesa; ao revés: fez mais justificar os motivos de sua defenestração iminente por incompetência e irresponsabilidade, para não falar do “conjunto da obra”. Salvo a militância fanática ou mercenária, a imensa maioria da população não está nem aí com o desfecho do processo que, salvo ampla distribuição de pixulecos – e ainda há muita mala preta rolando por aí – está definido. A estratégia de vencer pela turbulência e pelo cansaço provocou a inércia e a indiferença reinantes. Foi tiro no pé. Posar de menininha tola vítima de cruéis algozes, também. A anti-heroína desconsiderou que quem nasce para caricata Rainha da Mandioca nunca chegaria a façanhuda Joana D’Arc, por mais que almeje apagar, no grito, a pira sacrificial. Mero “déjà vu”, como à francesa medieval lançaram-na à fogueira seus próprios criadores, sua seita ocasional com seus opulentos sacerdotes temerários. Também chegamos a este momento histérico – designá-lo como Histórico seria forçar demasiado a barra – graças a uma oposição amarelona, inepta, oportunista e venal, hoje posando de vestais. O medo a impediu de agir por mais de uma década, consideradas preciosas e raras exceções. Deu no que está dando.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.