AtualidadesHome

Governo de São Paulo vai ampliar de 3.560 para 8.106 vagas no ensino técnico em 2025 na região

Atualmente, 1.393 unidades da rede estadual ofertam ensino técnico; número deve aumentar para 1.911 no ano que vem

A partir de uma pesquisa com as unidades que ofertam o Ensino Médio na rede pública, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo deve ampliar das atuais 1.393 para 1.911 escolas estaduais que ofertam o itinerário de ensino técnico para o ano de 2025. Neste ano, 71,9 mil alunos estão matriculados nesse modelo e o número pode crescer para 170 mil matriculados no próximo ano.

No ABC, são 3.560 alunos matriculados em 74 escolas em 2024. O número deve subir para 8.106 vagas em 95 escolas para 2025. Na região, o ensino técnico é oferecido nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Esta é mais uma das ações da Seduc-SP para valorizar o ensino técnico, citado por especialistas como etapa importante para impulsionar a entrada dos estudantes no mercado de trabalho.

As 170 mil matrículas previstas para o próximo ano letivo contemplam os estudantes que estarão na 2ª e 3ª série do Ensino Médio, período dedicado aos aprofundamentos previstos no Novo Ensino Médio.

A Secretaria da Educação ampliará, ainda, o número de cidades que terão a oferta de ensino técnico na rede — das atuais 349 para uma perspectiva de estar em 463 municípios, um aumento de 32,6%. Em 2022, o técnico era oferecido a alunos de 161 cidades paulistas.

“Um relatório da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico publicado no ano passado aponta que a educação profissional é essencial para o desenvolvimento do Brasil. Aqui em São Paulo, estamos caminhando para oferecer ao estado e ao país estudantes formados em áreas importantes para o desenvolvimento econômico e valorização desses mesmos alunos”, afirma o secretário da Educação, Renato Feder.

Para o próximo ano, serão ofertados os mesmos nove cursos da grade da Educação (administração, agronegócio, ciência de dados, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, farmácia, hospedagem, logística e vendas), além das turmas com aulas nos centros do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e no Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial — em nova parceria da Educação para o próximo ano.

“Hoje, os alunos que fazem o ensino técnico têm quatro, cinco pontos percentuais a mais de frequência escolar. Então, esses alunos vão mais para a escola, são mais frequentes, mais motivados e têm um desempenho melhor nas avaliações padronizadas da Secretaria da Educação, as avaliações da Prova Paulista, que são bimestrais. Então, esses alunos acabam se tornando alunos melhores. Eu entendo que isso é porque, com a educação profissional, a gente contextualiza a aplicação do conhecimento”, afirma o coordenador pedagógico da Educação, Daniel Barros.

Nas escolas estaduais, as aulas são ministradas por professores contratados pela Seduc-SP e em alguns casos por professores do Centro Paula Souza, nas cidades onde há Etecs – Escolas Técnicas Estaduais, ou da Fiec – Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura, escola técnica municipal de Indaiatuba que atende escolas e municípios das cidades do entorno.

A possibilidade de ampliação do ensino técnico em todo o estado, com a consulta à rede, acontece ao mesmo tempo em que a Educação aguarda a aprovação, pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, do projeto de lei para a criação de um programa exclusivo de estágio. O objetivo do projeto é inserir os jovens matriculados no Programa Educação Profissional Paulista no mercado de trabalho e valorizar os estudantes do Ensino Médio.

 

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo