Em um cenário de extrema precariedade, o pequeno Samuel Luiz, de apenas três meses, aguardou por 50 horas por um leito de UTI em Diadema. Desde domingo (30), Samuel estava internado no “Quarteirão da Saúde” do município. Com a saúde se deteriorando, foi intubado na segunda-feira (01), contudo, a falta de leitos de UTI Pediátrica na cidade agravou ainda mais a situação.
Ainda assim, apesar de Samuel ter sido incluído no CROSS – Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde desde o domingo, a vaga para UTI não aparecia. Mesmo após uma parada respiratória, a espera continuava, aumentando o desespero da mãe, Rayane Aparecida da Silva. Na noite de segunda-feira, com a piora do quadro do filho, Rayane decidiu buscar ajuda desesperadamente.
Nesse sentido, o vereador Eduardo Minas – PP, acompanhou o caso de perto. Um advogado entrou com um pedido liminar de antecipação de tutela de urgência para garantir o tratamento médico necessário para Samuel. “É inaceitável que uma cidade do tamanho de Diadema não tenha o mínimo de condições para atender crianças. Não há leitos de UTI e a gestão parece viver em uma realidade paralela. O prefeito Filippi precisa entender a seriedade disso. Recorrer à justiça por um leito não deveria ser comum, mas todos os dias a cena se repete com esse sucateamento da saúde”, afirmou Minas.
Além disso, o vereador licenciado e atual secretário de Saúde de Diadema, Zé Antônio – PT, confirmou a inexistência de leitos pediátricos municipais na modalidade UTI. Em entrevista concedida em abril, ele afirmou que a responsabilidade recai sobre o Estado.
Porém, após dias de angústia e espera, a vaga para Samuel finalmente surgiu ontem (02), no início da tarde. Ele foi transferido para Osasco, na Zona Oeste, onde recebe o atendimento necessário.
MARCOS FIDELIS