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Ministério Público garante direito de pessoas com deficiência em Ribeirão Pires

Prazo para benefício do PCD no transporte público havia sido reduzido de 12 meses para 90 dias

Após recomendação expedida pelo promotor de Justiça Dr. Jonathan Vieira de Azevedo, Ribeirão Pires restabeleceu o prazo de validade de 12 meses para o bilhete de transporte público para pessoas com deficiência. Com essa medida, o MPSP – Ministério Público do Estado de São Paulo promoveu o arquivamento de um inquérito civil instaurado para apurar eventual descumprimento da legislação por parte do prefeito Guto Volpi – PL, que havia alterado a vigência do benefício para apenas 90 dias.

Caso

Em agosto do ano passado, a promotoria recebeu uma reclamação de uma cidadã que alegava estar sendo obrigada pela prefeitura a renovar o laudo médico a cada 90 dias. “Nesse caso, o Ministério Público entendeu que, como existe um decreto vigente e claro ao estabelecer que a validade das credenciais de renovação é de 12 meses, a administração não poderia agir contra o decreto”, explicou o promotor Dr. Jonathan Vieira de Azevedo.

Além disso, o documento do Ministério Público considerou que a medida da prefeitura poderia configurar descumprimento da legislação municipal. Especificamente, o artigo 12, §§ 1º e 2º, da Lei Municipal nº 2.030/78 e o artigo 169, II e parágrafo único, da Lei Orgânica Municipal, dispositivos regulamentados pelo Decreto Municipal nº 4.841/99, estabelecem que a validade das credenciais de gratuidade é de 12 meses, com recadastramento anual. Qualquer mudança nesse prazo sem a devida alteração formal do decreto pode ser considerada uma violação do princípio da legalidade, fundamental na Administração Pública.

Decisão

A Gestão Guto Volpi, ao acatar a recomendação do promotor, decidiu restabelecer o prazo de validade de 12 meses para o bilhete de transporte público. Em outras palavras, a decisão da prefeitura em conformidade com o decreto vigente garantiu a manutenção dos direitos das pessoas com deficiência.

Com a decisão, o MPSP arquivou o inquérito civil e determinou a sua imediata remessa ao Conselho Superior do Ministério Público. Todavia, é importante destacar que a atuação do Ministério Público foi crucial para assegurar o cumprimento da legislação e a proteção dos direitos dos cidadãos de Ribeirão Pires.

MARCOS FIDELIS

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