Os confrontos entre os vereadores Américo Scucuglia – PRD, e Bruna Biondi – Psol, na Câmara de São Caetano levaram a uma série de ações legais. O Ministério Público do Estado de São Paulo, no exercício de sua função eleitoral, decidiu intervir em decorrência das denúncias apresentadas contra Scucuglia.
Denúncias de Golpismo
Uma das denúncias, conforme destacou a vereadora Bruna Biondi, remonta ao dia 8 de janeiro. Naquela ocasião, Américo Scucuglia teria criado um grupo no WhatsApp onde foram disseminados conteúdos de cunho golpista. “A partir desse grupo, que ele administrava, algumas pessoas começaram a enviar conteúdos de cunho golpista, incluindo informações sobre as mobilizações e manifestações que ocorreram, bem como sobre o ato em Brasília,” afirmou Biondi. Além disso, ela mencionou que Scucuglia utilizou suas redes sociais para minimizar e defender os ataques ocorridos naquela data.
Ação Penal
Ainda mais grave, segundo Biondi, é a acusação de violência política de gênero. “O Ministério Público Eleitoral de São Caetano está processando o vereador por crimes de violência política de gênero que ele cometeu contra mim,” declarou. Essas acusações resultaram de três representações feitas pela vereadora na Casa Legislativa. “O MP não apenas acatou as representações, como também fez uma denúncia própria contra o vereador,” explicou.
Contudo, Américo Scucuglia refuta as acusações e se defende das críticas. “Não foi um ataque, a vereadora nos ataca direto, a gente só responde à altura dela,” argumentou Scucuglia. Ele justifica suas ações mencionando um contexto mais amplo e alegando que Biondi interpretou mal suas palavras. “Foi aí que comparei ela à Maria do Rosário, que defende a mesma pauta,” disse, referindo-se a um embate histórico entre Maria do Rosário e o ex-presidente Bolsonaro.
Detalhes
As alegações de violência de gênero incluem três incidentes distintos. No primeiro, Scucuglia teria sugerido que Biondi sonhasse com ele, imitando um comentário de Bolsonaro. No segundo, ele acusou Biondi de estar sob efeito de drogas por defender uma posição política. E no terceiro, utilizou seu tempo de fala para chamá-la repetidamente de Maria do Rosário.
MARCOS FIDELIS