O perfil da sociedade está mudando, o que torna necessário evoluções em todas as áreas. Na medicina, para além da tecnologia e da ciência, os profissionais precisam mirar no mais importante: o ser humano. A nova medicina, mais humana, preventiva e próxima, valoriza as relações e coloca o paciente no centro da questão. Com um atendimento ágil, eficaz e resolutivo, essa metodologia facilita a vida do paciente, apoiando-o em todas as etapas da consulta e necessidades específicas.
É preciso deixar claro que saúde humanizada é um conceito que vai além do simples tratamento de doenças. Ela envolve um cuidado integral, que considera o paciente em sua totalidade, incluindo aspectos emocionais, sociais e culturais. Essa abordagem coloca o ser humano no centro do cuidado, promovendo uma relação mais próxima e empática entre profissionais de saúde e pacientes. Diversos países, estados e cidades ao redor do mundo têm se destacado nessa prática, servindo de referência para a implementação de um sistema de saúde mais humano e eficiente.
Um exemplo notável é a Dinamarca, onde o sistema de saúde é altamente centrado no paciente e os profissionais de saúde são treinados para valorizar a comunicação e a empatia, assegurando que os pacientes se sintam ouvidos e respeitados.
Na América Latina, a cidade de Medellín, na Colômbia, também tem se destacado pela implementação de um modelo de saúde humanizado. Programas comunitários e de atenção primária são desenvolvidos com o objetivo de integrar os serviços de saúde à vida cotidiana dos cidadãos. A criação de centros de saúde comunitários, que oferecem serviços médicos, sociais e de bem-estar em um único local, tem sido um pilar desse sucesso.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) representa um exemplo significativo de como a saúde pública pode ser inclusiva e acessível, buscando sempre a humanização do atendimento. Embora o SUS enfrente desafios, programas como o Saúde da Família, que leva atendimento médico às comunidades mais remotas, exemplificam os esforços para proporcionar um cuidado mais próximo e personalizado. O governo brasileiro pode e deve investir mais nesse formato, pois o sucesso da chamada ‘Saúde Humanizada’, está comprovado.
O fato é que todo mundo gosta de ser bem tratado. Isso serve para as relações pessoais, em restaurantes, lojas e, claro, por médicos, enfermeiros etc. A diferença é que, na saúde, as pessoas se encontram em um estado de muito mais fragilidade e incertezas. E esse atendimento humanizado pode ser uma forma de elas se sentirem mais acolhidas e confortadas em um momento difícil.
Lembre-se: você pode precisar um dia!
*Por Takaharu Yamauchi
*Takaharu Yamauchi é engenheiro civil, com especialização em administração e pós-graduação em gestão pública. Atualmente é presidente da SPObras, empresa municipal vinculada à Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da prefeitura de São Paulo, além de pré-candidato a Prefeito de Diadema. Entre 2017 e 2020, também foi secretário de obras de Ribeirão Pires.
