O prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. – PT, marcou o início do que chamou de “pontapé inicial do novo Hospital Municipal de Diadema”, na manhã de ontem (28). O evento deu início ao processo de demolição do prédio da Prefeitura da cidade, localizado anexo ao Parque do Paço. Diversos secretários e funcionários municipais estiveram presentes para acompanhar o discurso do prefeito e o momento simbólico em que um trator começou a derrubar parte do edifício.
Dúvidas
Além disso, a ação gerou questionamentos por parte do vereador Eduardo Minas – PP, que durante a sessão da última quinta-feira (23), apresentou um requerimento solicitando informações detalhadas sobre a demolição do Paço Municipal. “Existe alvará para a demolição do Paço Municipal? Qual é a empresa responsável pela demolição? Existe um engenheiro técnico responsável?”, indagou Minas. Ele levantou preocupações sobre a legalidade e a supervisão técnica do processo, questionando se a prefeitura havia seguido todas as normativas legais.
Contudo, a demolição do Paço Municipal foi criticada por não garantir automaticamente a construção do novo hospital. “A verdadeira garantia vem de uma licitação devidamente concluída com a ordem de início”, afirmou o vereador, destacando a necessidade de uma reserva orçamentária e de um edital de chamamento público. Eduardo Minas questionou se a prefeitura de Diadema, sob o governo de Filippi, possui condições técnicas e financeiras para realizar um empenho prévio de R$ 300 milhões, sugerindo que o ato do prefeito poderia ter um viés eleitoreiro.
Mudança
Ainda mais, Minas apontou relatos de mal-estar entre os servidores, que foram redistribuídos por diversos pontos da cidade, alguns em espaços alugados pela prefeitura para acomodá-los. “O prefeito está tentando fazer uma obra que poderá trazer um grande impacto aos moradores daquela região, mas não houve nenhuma audiência pública para debater com a sociedade”, continuou ele, reforçando a necessidade de diálogo com a comunidade.
Respostas
O REPÓRTER entrou em contato com a Prefeitura de Diadema para obter esclarecimentos sobre a autorização para demolição e o andamento da licitação para a construção do hospital, além de questionar sobre os recursos reservados para a obra. A prefeitura não respondeu diretamente a essas questões, limitando-se a afirmar que: “A obra tem custo estimado em R$ 300 milhões, dos quais 90% estão garantidos pelo governo federal e o restante pelo município.”
Atraso
Porém, é importante notar que na cidade há outra obra em andamento, a implantação da UPA Centro, que está atrasada conforme a própria placa instalada no local. A prefeitura não informou o motivo do atraso, afirmando apenas que “está investindo cerca de R$ 5,7 milhões em recursos próprios. O equipamento será inaugurado ainda no primeiro semestre de 2024.”
MARCOS FIDELIS